O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) divulgou mais um boletim Trabalho na Saúde com informações sobre o comportamento do setor. De acordo com os dados apresentados, a Saúde nacional da rede privada criou apenas 6,7 mil postos de trabalho em julho e a média salarial da categoria que trabalha em instituições privadas é de pouco mais de R$ 1.700, 00.
Os dados foram coletados junto ao Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e as informações monetárias apresentadas são corrigidas pela variação INPC-IBGE.
Segundo o DIEESE, a geração de empregos no Brasil anda em desaceleração e é alto o número de demissões em vários setores. Em julho de 2015, a criação de empregos com carteira assinada foi negativa em 157,9 mil postos de trabalho em todo o território nacional. No acumulado do ano, o estoque de emprego formal já perdeu 547,4 mil vagas. Pelo quarto mês consecutivo, a Agropecuária (24,5 mil) foi o único setor com resultados positivos, em todos os demais houve redução do emprego formal: Indústria (-65,8 mil), Serviços (-60,0 mil), Comércio (-34,5 mil) e Construção Civil (-21,9 mil).
A Saúde privada consegue de forma tímida abrir vagas. Em São Paulo, por exemplo, 811 novas vagas foram abertas. Em todo o país foram registrados 6,7 novos postos de trabalho para o setor. Porém este é o terceiro pior resultado desde 2007, quando foram gerados 2.278 empregos. No conjunto do país, o saldo do emprego em 12 meses, findos em julho, também registrou queda, de 3,3%. Na comparação com junho de 2014, ocorreu um decréscimo ainda maior, de 32,2%.
Salários
Com relação à média salarial dos enfermeiros de nível superior admitidos pela rede privada de saúde em São Paulo, tido como base pelo DIEESE, o valor foi de R$ 3.801,74. Por sua vez, o salário de médio de admissão dos Técnicos e Auxiliares de Enfermagem ficou em R$ 1.714,32.
Já com relação a movimentação de emprego no mês de julho, auxiliares e técnicos de enfermagem foi a ocupação que mais apresentou participação na movimentação do emprego em São Paulo, respondendo por 23,2% das admissões e 23,7% dos desligamentos e gerando um saldo de 124 novos postos de trabalho.