O governador Renan Filho (PMDB) não parece disposto a ceder e rever o percentual de reajuste salarial a ser concedido aos servidores. A categoria pede 13,01% e não aceitou os 7% parcelados em três vezes proposto pelo Executivo Estadual.
Nos últimos dias o governador anunciou cortes no Orçamento vigente para 2015 da ordem de R$ 350 milhões. Porém a cautela por conta do momento de recessão vivido em todo o país deixa de observar as necessidades e o histórico de luta dos servidores.
Outro argumento de Renan Filho é com relação ao limite financeiro do estado por conta da redução do Fundo de Participação dos Estados (FPE), que em julho sofreu uma queda de R$ 20 milhões.
“O canal de negociação com os servidores continua aberto. É importante manter o diálogo sem radicalismo de qualquer parte”, disse recentemente aos jornalistas.
O presidente do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem no Estado de Alagoas (Sateal), Mário Jorge Filho, lembrou que além de querer fechar em um reajuste abaixo do que pleiteiam os servidores, o governo vem esquecendo de realizar a estruturação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCs) dos servidores estaduais, que engloba várias categorias de trabalhadores
“Existem auxiliares de enfermagem, por exemplo, que já conseguiram qualificação profissional melhor para atuarem como técnicos, mas não tiveram progressão na carreira. Mesmo com toda a crise, é possível conceder o reajuste e demais benefícios ao servidor como as entidades sindicais vem tentando conseguir”, afirmou.
Ascom Sateal