Alta da inflação modifica percentual de recomposição de perdas em data-base

Alta da inflação modifica percentual de recomposição de perdas em data-base


Publicado em: 13/07/2015 18:08 | Autor: 337

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O IBGE divulgou no último dia 08 de julho o resultado da inflação de junho: um aumento de preços da ordem de 0,77%, de acordo com o INPC-IBGE. A inflação de junho é menor que a de maio em 0,22 pontos percentuais (p.p.).

A Federação dos Trabalhadores da Saúde de São Paulo, por exemplo, alertou aos trabalhadores da saúde do estado que seria necessário um reajuste de 9,31% para recompor as perdas da categoria em data-base em julho. Uma tabela com base nos dados do Dieese e do INPC-IBGE mostra mês a mês a situação.  

A inflação mensal dos produtos alimentícios foi de 0,69%, já a dos produtos não alimentícios foi de 0,81%. Deste modo, percebe-se a inflação do mês foi puxada principalmente pelos gêneros não-alimentícios, com destaque para o grupo "Despesas Pessoais" que teve inflação mensal de 1,63%. Serviços Médicos e Dentários registraram inflação de 1,10% no mês.

Com esses resultados, a inflação de 12 meses, medida pelo INPC-IBGE ficou  em 9,31%. Em maio o percentual foi de 8,76%. Sendo assim, as categorias que estiverem em data-base, em julho, precisam de, no mínimo, 9,31% de reajuste salarial, para repor as perdas com a inflação de 12 meses, medida pelo INPC-IBGE.

A consequência mais imediata da "escalda inflacionária" é o endurecimento dos processos de negociação coletiva. Num cenário de crise política, estagnação econômica e ataque aos direitos trabalhistas, a alta da inflação reduz os espaços para a conquista de reajustes salariais com ganho real de poder de compra.

Ascom Sateal - Com Informações CNTS


*Veja tabela na galeria de fotos