O local que deveria servir de refúgio para 46 idosos esconde uma estrutura precária, jornadas exaustivas para os trabalhadores e carência em vários sentidos, que acaba comprometendo o serviço a ser desempenhado. A situação denunciada ao Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem no Estado de Alagoas (Sateal) ocorre na Vila do Idoso, um centro de internação localizado em Palmeira dos Índios.
Segundo o presidente do Sateal, Mário Jorge Filho, os auxiliares e técnicos de enfermagem que atuam no local procuraram a entidade sindical para denunciar as dificuldades vivenciadas no local durante o trabalho.
Eles contaram que o local destinado ao descanso dos trabalhadores está em péssimas condições. Para se ter ideia, o suporte de uma das lâmpadas estava cheio de água das chuvas, o que além de ser um foco de mosquito da dengue, poderia causar um curto circuito.
No abrigo, outra irregularidade constatada foi na acomodação de medicamentos e materiais para uso hospitalar. Parte fica em cima de uma maca, que funciona de forma improvisada como bancada, e outra em um armário de ferro, que já apresentava ferrugem.
Os trabalhadores também reclamam que não recebem fardamentos e Equipamentos de Proteção Individual (EPI), além de serem obrigados a cumprir uma escala de 12 horas.
“Na Vila do Idoso faltam enfermeiro responsável, um técnico em segurança do trabalho, além de um profissional que supervisione os turnos. São 46 internos que ficam sob a responsabilidade de um profissional a cada turno. O Conselho Regional de Enfermagem já esteve no local e durante uma inspeção constatou as irregularidades, mas até a presente data nenhuma providência foi tomada por parte da administração. É um absurdo como as instituições religiosas costumam tratar os trabalhadores, com graves infrações às Leis vigentes”, criticou o presidente do Sateal.
Diante de todas as informações recebidas, o Sateal irá ingressar com uma Ação de Cumprimento para que a instituição respeite o que rege a convenção coletiva da categoria, como também melhore as condições de trabalho. Com isso, o Sateal espera que haja uma melhora na assistência dada aos internos.
Ascom Sateal