O corte no Orçamento da União vai respingar no setor saúde, que deverá ficar com gastos R$ 13 bilhões acima do mínimo determinado pela Constituição. Ao todo, serão R$ 69,9 bilhões em cortes para que haja um equilíbrio nas contas do governo federal.
Saúde, Educação e Bolsa Família devem ficar com despesas 13% superiores às daquele ano, definido pelo ministro Joaquim Levy (Fazenda) como parâmetro para a execução do Orçamento da União de 2015.
Ao todo, o orçamento da Educação é da ordem de R$ 103 bilhões, um dos mais elevados da Esplanada dos Ministérios. Os cortes são uma tentativa do governo de sinalizar ao mercado que irá cumprir a meta de superávit primário de R$ 66,3 bilhões (equivalente a 1,1% do PIB).
O trabalhador também irá sentir o impacto dos cortes com o reajuste de impostos que estão previstos caso o pacote de ajuste fiscal seja muito desfigurado na votação no Senado.
A esperança do governo é que a votação da MP 665 no Senado acompanhe o voto obtido na Câmara dos Deputados. Com isto, volta a valer a regra atual, que dá ao trabalhador o direito de receber o abono desde que tenha trabalhado pelo menos 30 dias.
Ascom Sateal com informações Folha de São Paulo