Mais uma vez o alerta vermelho se acende para a saúde pública em Alagoas. O atraso no repasse das verbas da Prefeitura de Maceió e do Governo do Estado aos hospitais vai refletir no atraso dos salários.
A perspectiva não é animadora. Os atrasos nesses repasses podem comprometer o pagamento dos salários e dos vales transportes dos trabalhadores. O Hospital do Açúcar, por exemplo, vem operando no limite nos últimos dois meses, desde que teve que abrigar parte da estrutura da Maternidade Santa Mônica.
Para o presidente do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem do Estado de Alagoas (Sateal), Mário Jorge Filho, os trabalhadores não podem ser sacrificados por má gestão do dinheiro público.
“É preciso que o governo do Estado tenha mais sensibilidade e passe a honrar os compromissos assumidos com as entidades que foram pactuadas pelo Estado para atender as demandas. Estamos tentando ver se resolvemos todo esse problema sem que seja preciso tomar medidas mais radicais”, afirmou.
No final da manhã desta segunda-feira (11) fornecedores da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) realizaram um protesto na porta do órgão. Eles afirmam que estão com problemas nos pagamentos há pelo menos um ano. Apesar de o problema com os fornecedores da Sesau vir se arrastando desde a gestão passada, o governo Renan Filho ainda não conseguiu mostrar resultados significativos para o setor. Faltam investimentos nas escolas de saúde, nas unidades e com quem sustenta essa estrutura, analisa o presidente do Sateal.
Mário Jorge destaca ainda que caso não haja acordo e o pagamento em dia do salário dos trabalhadores, não está descartada a possibilidade de um ‘panelaço’ na porta das secretarias estaduais e municipais.
Ascom Sateal
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