O programa Fantástico mostrou um pouco das precárias condições que são sujeitados pacientes e de quebra funcionários do Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió. Mas mesmo sendo uma situação calamitosa o principal problema se evidenciou na resposta dada à reportagem da Secretária Estadual de Saúde, Rosângela Wyszomirska ao mostrar um conhecimento raso sobre a condição estrutural da saúde em Alagoas.
A situação já havia sido divulgada dias antes em uma série de reportagens da Tv Gazeta. A equipe de reportagem flagrou diversas irregularidades, desde pacientes em atendimento pelo chão, até um que recebia medicação por meio de uma seringa na boca e até um paciente que havia entrado em óbito e ainda estava em uma maca.
Para o presidente do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem do Estado de Alagoas (Sateal), Mário Jorge Filho, a justificativa da gestora da pasta foi “infeliz”. Ela afirmou que seriam construídos três novos hospitais na capital. A afirmação soou como falta de conhecimento técnico também da sua equipe de trabalho que não forneceu informações suficientes sobre o panorama atual ou até pior: um despreparo para chefiar a Secretaria de Saúde.
“Existem leitos no Hospital Universitários que estão disponíveis, Rio Largo possui um hospital que pode fazer atendimentos de pacientes da região. Há ainda os mini pronto socorros que só precisam de manutenção para atender a população, além dos hospitais suportes da capital. Com relação ao interior, a secretária esquece que em Penedo existe uma grande estrutura hospitalar abandonada que deveria ser equipada para atender a região. Existe a Unidade de Emergência do Agreste que pode ser redimensionada, além de outras estruturas de médio porte e que pelo visto a secretária de saúde ignora”, afirma Mário Jorge.
O líder do Sateal lembra ainda que em gestões anteriores o Executivo estadual mostrou pouca preocupação com a saúde pública ao doar para a Justiça um terreno. Hoje o local abriga o prédio da Justiça Federal.
“Outro exemplo é onde funciona hoje o hospital de Santana do Ipanema. O local estava ocioso e investiram na construção de um “mega” hospital e hoje é mal administrado e vem deixando muito a desejar. O mais vergonhoso ainda é o gestor estadual não pagar os procedimentos às produções que as unidades suportes fizeram, causando assim um caos na saúde alagoana”, completou.
Ascom Sateal
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