A exigência para cumprir uma jornada de trabalho, com direito a assédio moral, é a realidade vivida por auxiliares e técnicos de enfermagem que atuam no Hospital Regional Clodolfo Rodrigues de Melo, em Santana do Ipanema. Após o recebimento de várias denúncias semelhantes, o Sindicato dos Auxiliares e Técnicos do Estado de Alagoas (Sateal) enviou ao Conselho Regional de Enfermagem (Coren/AL) um pedido de providências referente à conduta de duas enfermeiras da unidade hospitalar.
As denúncias dão conta que elas vêm obrigando auxiliares e técnicos a realizar dobras em seus plantões, mesmo eles já tendo cumprido sua carga de trabalho. O que chamou a atenção do Sateal foi a forma encontrada pelas profissionais para obrigar os técnicos a aceitar as condições impostas: aqueles profissionais que se recusam à escala excedente, são submetidos a um sorteio. Quem for sorteado e mesmo assim se recusar a cumprir a jornada extra acaba sendo alvo de perseguição.
“Entre as perseguições recebemos informações de suspensões sem justificativa e advertências, que causam um grande abalo psicológico aos trabalhadores. Além disso, cria-se um clima de insegurança entre os trabalhadores. Estas profissionais não agem como líderes quando aplicam penalidades à sua equipe, que faz por vezes o papel que seria das enfermeiras”, protesta o presidente do Sateal, Mário Jorge Filho.
O Sindicato também tomou conhecimento pelas denúncias que a gestora responsável pelo setor de Recursos Humanos chega a manipular as escalas do setor de enfermagem, além de praticar assédio moral contra os trabalhadores obrigando que eles assinem advertências. “Soubemos que quando os trabalhadores discordam das punições, a referida gestora chama testemunhas, que curiosamente são sempre as mesmas pessoas, para assinarem a recusa. Diante de todas estas informações, vamos levar o caso ao Coren pedindo providências e relatar o caso também à Procuradoria Regional do Trabalho”, completou Mário Jorge.
Ascom Sateal