O atendimento básico em Alagoas poderia estar em melhores condições com menos superlotação no Hospital Geral do Estado e nas unidades de médio porte no interior do Estado se as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) construídas funcionassem. Uma reportagem produzida pela TV Gazeta mostrou que das nove unidades, quatro estão com as portas fechadas desde que foram entregues.
As UPAS devem realizar o atendimento intermediário: atender casos que são complexos para os postos de saúde, mas que não necessitem ser encaminhados para um hospital.
Em São Miguel dos Campos, Maragogi, Maceió, as unidades construídas nunca abriram as portas desde que foram inauguradas.
Há outras Unidades que também apresentam problemas, como a de Marechal Deodoro, alvo de um assalto no final de janeiro e a de Palmeira dos Índios, que o Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem do Estado de Alagoas (Sateal) denunciou que havia profissionais trabalhando sem os Equipamentos de Proteção Individual (EPI). A UPA também descumpriu o acordo coletivo da categoria, que refletia em deficiência na folga dos trabalhadores.
Na reportagem, o secretário interino de Administração de Maceió reconhece que as UPAS de Maceió já deveriam estar em funcionamento este mês, mas explica que o prazo foi descumprido porque houve problemas de documentação durante a seleção pública. Ele disse que o processo da empresa que vai gerenciar a UPA do Trapiche já está em fase final, mas que a do Benedito Bentes vai precisar de um novo edital.
À reportagem da TV Gazeta a Secretaria de Saúde de Maragogi informou que os equipamentos foram comprados, mas ainda não foram entregues e que depois ainda será feita uma capacitação dos funcionários. A previsão é que a unidade comece a atender daqui a dois meses.
Sobre a UPA de São Miguel dos Campos, o secretário municipal disse que aguarda os últimos equipamentos, que são de responsabilidade do Estado. A assessoria Estadual da Saúde informou que aguarda a aprovação do orçamento de 2015 para iniciar a licitação dos equipamentos restantes. Já sobre a falta de material para curativo no posto de saúde, o secretário nega.
Ascom Sateal com informações TV Gazeta