A situação da saúde pública em Alagoas caminha para cair em total caos e abandono do Governo Federal nos próximos meses. Os municípios vêm sofrendo com cortes consecutivos da esfera federal e o mês de março já iniciou com uma previsão nada positiva feita pelo Conselho Municipal de Secretarias Municipais (Cosems): o setor saúde alagoano passa por um desfinanciamento.
O termo pode parecer complexo, mas pode ser mais bem entendido se pensarmos que 30% dos cortes realizados nos recursos repassados da União para Maceió e 10% para os municípios irão complicar o atendimento básico e a rede de média e alta complexidade, que concentra os serviços hospitalares.
Além de Maceió e Arapiraca, Coruripe, Delmiro Gouveia, Palmeira dos Índios, Penedo, Santana do Ipanema, São Miguel dos Campos e União dos Palmares, referências em suas regiões, também contabilizam grandes prejuízos.
Tal alerta já vem sendo feito pelo Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem do Estado de Alagoas (Sateal) há algum tempo, denunciando o descaso do governo federal no envio de recursos públicos. Nos últimos meses profissionais da saúde vem sentindo na pele esses efeitos com salários e outros benefícios atrasados. Um pedido de socorro foi feito por Mário Jorge Filho, presidente do Sateal, durante encontro com o deputado federal Marx Beltrão. O parlamentar ficou ciente das dificuldades do setor no Estado e se comprometeu em buscar ajuda financeira.
Diante do cenário vivido, secretários municipais e outros gestores ligados à Saúde também pretendem ir à Brasília para tentar diálogo com os parlamentares alagoanos a fim de se encontrar uma forma de promover um subfinanciamento do custeio dos serviços da saúde.
Ascom Sateal