Servidores auxiliares e técnicos de enfermagem e as parteiras do município de Pilar estão inconformados com a forma como a atual gestão está concedendo benefícios aos profissionais da saúde. Eles reclamam que profissionais como médicos, enfermeiras e outros profissionais da área da saúde estão sendo atendidos e os demais acabam esquecidos. Para tratar do tema, foi convocada uma reunião no último dia 31 de outubro com o presidente do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem no Estado de Alagoas (Sateal) e diretor da CNTS, Mário Jorge Filho, e o vereador líder da câmara do município. O objetivo era que os dois atuassem como mediadores entre os servidores e o poder público.
Durante o encontro, os servidores denunciaram o caos que passa a saúde no município de Pilar. Segundo eles, as unidades não possuem medicamentos e nem materiais para fazer curativos nos pacientes. Outra reclamação feita foi quanto à coação de servidores que ameaçam protestar contra a situação.
“O Sateal já solicitou várias vezes audiências com o secretário de saúde, que já foi trocado três vezes. O prefeito também não deu retorno, então o Sateal e o vereador se comprometeram em solicitar em caráter de urgência uma audiência com o prefeito. Caso não haja acordo, demandaremos o caso para o Ministério Público Federal para que seja aberta uma auditoria para saber o que acontece em Pilar, pois o trabalhador não pode assumir seu posto de trabalho e ficar de um a dois meses sem receber seus salários e não ter nenhuma justificativa”, destacou Mário Jorge.
O departamento jurídico do Sateal já informou que irá junto ao Sindicato dos Enfermeiros de Alagoas entrar com um processo na Justiça Federal de Alagoas solicitando a suspensão dos repasses para os municípios que não cumprem a Lei Federal 8.142 de 28 de dezembro de 1990 que diz que o município que não possui o Plano de Cargos e Carreiras e Salários (PCCs) não tem competência para gerir recursos públicos. Nesse caso, a administração dos recursos fica a cargo do Estado ou da União.
Ascom Sateal