Companheiros auxiliares e técnicos de enfermagem, até agora não fechamos a convenção coletiva de trabalho com o reajuste salarial pretendido pela categoria; isso se deve à intransigência dos donos e diretores de hospitais e casas de saúde que, por sua vez, culpam os valores baixos dispostos pela tabela única de serviços do SUS por sua falta de interesse em oferecer um salário justo aos trabalhadores.
Queremos então, informar a todo empresariado da área da saúde que a enfermagem não é tão ingênua quanto parece. Conhecemos bem nossos direitos e deveres e sabemos que não é justo que a categoria, cuja atividade é de suma importância para o cotidiano de toda sociedade, receba apenas um salário mínimo, que é menos até do que é pago por alguns programas assistencialistas do Governo Federal, a exemplo do bolsa reclusão, onde um detento recebe cerca de R$1.000.
Apesar de o SUS pagar pouco, não há interesse de nenhuma instituição em se descredenciar, porque estas recebem subsídios municipal, estadual e federal para oferecer seus serviços (de péssima qualidade) aos usuários e condições de trabalho indignas para os profissionais.
Tudo o que a enfermagem quer e reivindica é justiça e reconhecimento. Não é justo que por falta de uma estruturação na carreira enfermeiros experientes recebam o mesmo que recém – formados, que apesar de serem igualmente profissionais, ainda têm tantos caminhos a trilhar.
Os 7,5% oferecidos pelos empresários da saúde não são mais do que uma obrigação que eles têm de cumprir com a categoria da enfermagem (pois com este acréscimo passariam a pagar um salário mínimo à classe), o valor reivindicado por nós, de 15% é mais do que justo: é necessário para que comecemos a ser reconhecidos! Não vamos desistir! Unidos somos mais fortes. A enfermagem merece respeito, pois lida com vidas e não com motores de carro!
Ascom Sateal
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