Técnicos e auxiliares em enfermagem podem entrar em greve na próxima quinta-feira (1), em forma de protesto à omissão das classes patronais particular e filantrópica, que até agora não ofereceram proposta para os trabalhadores da classe.
A categoria entende que, apesar de trabalharem aos finais de semana e feriados e serem responsáveis pelos cuidados dos pacientes na ausência de diretores e proprietários, os profissionais deste âmbito têm seus direitos negados e ainda passam por uma sobrecarga no exercício de seus trabalhos, sendo obrigados a exercer funções que não são suas, sob o risco de demissão, caso não o façam.
Os patrões, por sua vez, alegam aos profissionais que ainda não foi fechado um acordo ou uma convenção coletiva, por conta do sindicato da categoria, o Sateal. Contudo, o que eles esquecem de mencionar é que o acordo apresentado ao sindicato foi considerado lesivo aos trabalhadores, tendo em vista que o valor do salário oferecido era de apenas um salário mínimo. “Considerando que a presidente Dilma já anunciou em matéria veiculada no jornal O Globo o aumento do salário mínimo para R$ 779,79, a proposta apresentada por eles (classe patronal) já apresentava prejuízo para os técnicos e auxiliares, por isso não fechamos tal acordo”, elucidou o presidente do Sateal, Mário Jorge Filho.
“Não fecharemos um acordo que represente prejuízo para nossa categoria. Estas pessoas estudaram, se qualificaram para cuidar de vidas; atividade que dispensa a explicação da importância. Os profissionais desta área acompanham os assistidos em todos os momentos, sendo responsáveis pela administração dos medicamentos prescritos pelos médicos”, complementou.
O presidente do Sateal ainda falou sobre o excesso de atividades atribuídas aos trabalhadores e de como isso é prejudicial tanto para eles, quanto para os pacientes, já que a atividade requer ainda mais atenção do que as outras. “Espero que o bom sendo prevaleça, pois é desumano um profissional de enfermagem cuidar de 20 a 40 pacientes. Chega de exploração! Vamos à greve em caso de impasse”.