A qualidade do ensino ofertado aos alunos na área de saúde sempre foi preocupação recorrente do Sindicato dos Auxiliares e Trabalhadores em Enfermagem do Estado de Alagoas. Por isso, esta semana, o presidente do SATEAL, Mário Jorge Filho, cobrou aos órgãos responsáveis mais rigor na fiscalização das instituições de ensino que disponibilizam cursos neste âmbito. O sindicato pediu uma atenção especial para as escolas que trabalham com aulas no modelo Ead (Educação a distância).
De acordo com Mário Jorge Filho, só seria possível garantir a boa aprendizagem dos estudantes e, consequentemente, uma formação adequada para eles por meio de aulas práticas e teóricas presenciais, o que não ocorre no modelo Ead. “Nosso sindicato acredita que o ensino para os futuros profissionais da saúde não se faz à distância, pois os procedimentos realizados no dia a dia dos trabalhadores da categoria são específicos e não admitem erros, tendo em vista que a segurança dos usuários das unidades de saúde e do próprio trabalhador pode estar em risco”, explicou.
Entidades como o Conselho Nacional de Saúde (CNS), o Conselho Nacional de Educação, o Ministério da Educação, o Ministério da Saúde, o Ministério Público Federal, o Ministério Público Estadual, a Secretaria de Estado da Educação e do Esporte e os Conselhos Estaduais de Educação e Saúde, foram acionadas por meio de ofícios onde estão expostos os motivos pelos quais o SATEAL defende a extinção dos cursos de saúde a distância.
Ainda segundo o presidente do SATEAL, a defesa de que os cursos voltados à área da saúde devem ser presenciais baseia-se também nas inúmeras queixas ouvidas pelos membros de setores de Recursos Humanos e Diretorias de unidades de Saúde, públicas e privadas, sobre o pouco conhecimento e a falta de qualidade nos procedimentos dos profissionais recém-formados a disposição do mercado. “De acordo com eles, observa-se que a maior deficiência na formação está nos estudantes que passaram pelo processo de formação na modalidade à distância”, complementou.