Presidente do Sateal participa de Audiência pública dos 25 anos do SUS

Presidente do Sateal participa de Audiência pública dos 25 anos do SUS


Publicado em: 12/12/2013 14:51 | Autor: 326

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A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados promoveu, no último dia 10, um seminário de avaliação do Sistema Único de Saúde (SUS), para marcar os 25 anos de atividade do Sistema, que apesar do tempo ainda não consegue cumprir a missão constitucional de garantir acesso universal e igualitário da população ao atendimento de saúde.

O seminário de avaliação dos 25 anos do SUS contou com representantes do Conselho Nacional de Saúde, do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde, da Associação Brasileira de Saúde Coletiva, da Fundação Oswaldo Cruz. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, também foi convidado, mas não compareceu ao evento. Representando Alagoas, o presidente do Sateal e diretor da CNTS, Mário Jorge Filho, esteve no evento.

A iniciativa do seminário partiu do presidente da comissão, deputado Doutor Rosinha (PT-PR). Segundo ele, a intenção é analisar o atual modelo para identificar falhas e apontar sugestões que construam um "sistema de saúde democrático e solidário".

"O SUS tem a mesma idade da nossa Constituição brasileira, 'a Constituição Cidadã'. E um dos processos da Constituição que constroem a cidadania é o Sistema Único de Saúde. É o primeiro instrumento de inclusão social. Então, é importante ter uma avaliação do quanto nós avançamos, das falhas que existem e das propostas que podemos elaborar e apresentar na avaliação desses 25 anos do SUS", argumentou Dr. Rosinha.

Durante o Seminário, Mário Jorge abordou a qualidade na formação da modalidade de ensino a distância. Apesar de ser defendida pelas instituições de ensino presentes no evento como sendo uma tendência mundial, Dr. Rosinha defendeu que na área da saúde, os cursos técnicos e de graduação precisam ser presenciais. “Uma reciclagem, formação complementar ou curso pode ser à distância”, disse o parlamentar.

Em seu discurso, o presidente do Sateal reforçou a precariedade do ensino brasileiro. “Ainda estamos distantes da realidade dos países de primeiro mundo. A imprensa exibe exemplos da precariedade de estrutura e corpo docente diariamente. As escolas formadoras têm colocado no mercado muitos diplomas, mas de pessoas sem qualificação. As instituições, no meu entendimento, só estão preocupadas com o lucro que esses alunos geram a cada matrícula. A qualidade está em segundo plano, por isso a saúde pública e privada está em processo de declínio no atendimento. Faço questão de registrar que o SUS é o maior e melhor plano de saúde do mundo e não um plano de saúde só para pobre, como pensam muitos reacionários e ignorantes”, frisou.