Presidente do Sateal e diretor da CNTS integra grupo que analisará formação de cuidador de idoso

Presidente do Sateal e diretor da CNTS integra grupo que analisará formação de cuidador de idoso


Publicado em: 19/11/2013 17:23 | Autor: 324

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Entidades de enfermeiros e de cuidadores de idosos não chegaram a um acordo sobre a regulamentação da profissão de cuidador, em audiência pública realizada na Câmara dos Deputados, no último dia 9. Para os profissionais de saúde, a atividade deve ser exercida por técnicos de enfermagem.
 
Os cuidadores afirmam que não querem ser profissionais de saúde. A audiência pública da Comissão de Seguridade Social e Família discutiu PL 4702/12, do Senado que regulamenta a profissão.
 
Na tentativa de construir uma solução para a divergência, a relatora da proposta, deputada Benedita da Silva (PT-RJ), resolveu criar um grupo de trabalho com representantes de todos os setores para chegar a um consenso.
 
Enfermagem - Representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde, o presidente do Sateal, Mário Jorge Filho, disse que um técnico de enfermagem poderia se qualificar para atender idosos com um curso de 300 horas. Ele afirmou que é preciso que o profissional saiba realizar procedimentos técnicos próprios da enfermagem.
 
“O cuidador faz muito mais que auferir pressão ou dar medicamentos. Ele pode aplicar uma injeção, um soro, observar aspectos que identifiquem a saúde ou o problema da pessoa cuidada, na maioria das vezes idosos ou portadores de necessidades especiais”, disse.
 
Mário Jorge ainda citou a resolução n° 418 do Conselho Federal de Enfermagem, que afirma que o cuidador faz parte das atribuições do técnico de enfermagem. “Estamos aqui para defender essa qualificação, que na verdade é muito positiva para os cuidadores em exercício, pois estamos falando de aumentar, inclusive, a escolaridade e, consequentemente, oportunidades no mercado pela agregação de conhecimento”, reforçou.
 
Adaptação - O presidente da Associação de Cuidadores de Idosos de Minas Gerais, Jorge Roberto de Souza e Silva, pediu que seja dado um tempo para que os que já atuam no setor possam se adaptar, porque a maioria não tem o ensino fundamental completo e muitas vezes nem curso de formação.
 
Daniel Groisman, professor de escola da Fundação Oswaldo Cruz, argumentou que a regularização é importante para garantir a formação inicial e elevar a escolaridade.
Representante do Ministério da Saúde, Miraci Mendes defendeu que a proposta defina as competências do cuidador e seus limites de atuação.

 

Fonte: Assessoria Sateal com Jornal da Câmara