A Justiça do Trabalho condenou o Hospital Nossa Senhora de Lourdes, no município de Pilar, a liquidar o processo trabalhista ajuizado pelo Sateal, como substituto processual em ação de cobrança de horas extras, pagamentos de final de semana trabalhados e não pagos e salários em atraso. O valor total do processo é de R$143 mil, que deverá ser repassado aos trabalhadores da unidade e à custa do processo.
Em visita a unidade, na última quinta-feira, o presidente do Sateal, Mário Jorge Filho, encontrou a maternidade da unidade funcionando sem enfermeiro supervisor. No Hospital não havia enfermeiro supervisor, coordenador de enfermagem ou responsável técnico.
Em reunião, funcionários relataram a realização de procedimentos, considerados como inadequados para a categoria de auxiliar e técnico de enfermagem. As denúncias serão apuradas e encaminhadas ao Conselho Regional de Enfermagem.
“A unidade não vem cumprindo a Convenção Coletiva, o que significa dizer que vários itens, entre eles os salários, não foi reajustado de acordo com o que foi negociado em agosto”, identificou o presidente. O novo provedor da unidade, que assumiu o cargo há cerca de 60 dias, disse que o hospital está endividado e praticamente falido.
O gestor explicou que há vários repasses estaduais em atraso e por isso os pagamentos dos funcionários estão suspensos. O prefeito de Pilar, Carlos Alberto Canuto, participou da reunião e se comprometeu em regularizar os repasses e enviar recursos para estruturar a unidade.
O prefeito pediu ajuda ao presidente do Sateal. “Podemos ajudar, desde que os direitos dos trabalhadores sejam respeitados e as equipes sejam mantidas e respeitadas, com condições dignas de atendimento. Vamos trabalhar junto as gestões estadual e federal para manter a funcionalidade da unidade, que é referência na região”, enfatizou.
O presidente do Sindicato sugeriu que a provedoria realize uma auditoria nas contas da gestão anterior e encaminhe aos órgãos de fiscalização e controle.
Fonte: Assessoria Sateal