Alerta Médico é descredenciado pelo Conselho Municipal de Saúde

Alerta Médico é descredenciado pelo Conselho Municipal de Saúde


Publicado em: 19/11/2013 13:33 | Autor: 324

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O Conselho Municipal de Saúde de Maceió aprovou, em assembleia, o descredenciamento da Clínica Alerta Médico. Com a medida, os gestores municipais e estaduais têm até 90 dias para distribuir os leitos da unidade para outras instituições de saúde.
 
Segundo a conselheira Petrúcia de Macedo, além de não ter recebido autorização para funcionar desde sua criação, as condições de atendimento aos pacientes do Sistema Único de Saúde são desumanos. 
 
“Os pacientes do SUS são encaminhados aos fundos da unidade e o espaço é totalmente desestruturado. São cadeiras quebradas e enferrujadas, toldos rasgados, as pessoas ficam jogadas. A situação é tão precária que nem animal deve ser tratado assim”, reforçou a conselheira.
 
Segundo o Conselho de Maceió, somente em agosto, a unidade realizou 200 cirurgias cesarianas mais de 100 partos normais. “Até o ano passado, a Clínica Alerta Médico realizava apenas atendimento ambulatorial, de repente passou a realizar procedimentos de maior complexidade, tudo sem qualquer fiscalização”, enfatizou Petrúcia.
 
 
Unidade denunciada diversas vezes pelo Sateal  
 
Não são poucas as denúncias que apontam irregularidades da Clínica. Somente este ano, mais de dez ofícios foram encaminhados ao Conselho Regional de Enfermagem e a Procuradoria Regional do Trabalho, todos denunciando práticas arbitrárias que vão desde a demissão por telefone ao não pagamento de salários. 
 
“Além de processos trabalhistas, correm na Justiça diversos pedidos de rescisão por via indireta, porque a empresa não cumpria direitos dos trabalhadores. Ainda este ano, a Procuradoria determinou que o Sindicato realizasse fiscalização na unidade, mas nunca conseguimos encontrar representantes da Clínica”, explica o presidente do Sateal, Mário Jorge Filho.
 
Segundo Mário, entre as irregularidades, a empresa demitiu três funcionárias com problemas de saúde ocasionados por acidentes de trabalho. Pesam contra o Alerta Médico denúncias de sobrecarga, desvio de função, assédio moral cometido pelos administradores e por uma enfermeira na unidade. 

 

Fonte: Assessoria Sateal