A Procuradoria Regional do Trabalho (PRT) convocou o Sateal e a direção do Hospital Carvalho Beltrão, do município de Coruripe, e pediu esclarecimentos de documento encaminhado pelo Conselho Estadual de Saúde (CES), informando que a unidade estava descumprindo uma série de procedimentos no atendimento ao público e na legislação trabalhista.
Entre as irregularidades, longas filas de pacientes esperando atendimento, profissionais sem fardamento e sem carteira assinada, o não fornecimento de Equipamento de Proteção Coletiva, não realização de exames periódicos, ausência de setor de Saúde Ocupacional e carga horária elevada.
Durante a audiência, o procurador do Trabalho, Rafael Gazzanéo, reforçou que os itens de engenharia de segurança e medicina do trabalho são fundamentais para os profissionais, pois evitam contaminações e previnem o surgimento de doenças ocupacionais. A direção da unidade negou todas as irregularidades constatadas pelo CES entregou defesa ao Ministério.
A assessora Jurídica, Mônica Carvalhal, requereu prazo para se manifestar sobre os documentos apresentados pelo Hospital. O MPT estipulou período de trinta dias para avaliação do Sindicato.
Outro ponto abordado foi à dificuldade do Sindicato em filiar os funcionários do Hospital. Mônica Carvalhal relatou ao procurador que, apesar de enviadas diversas listas com os nomes das pessoas que querem se associar, a administração afirma que os trabalhadores se recusam a assinar a filiação. Enquanto isso, os auxiliares e técnicos denunciam que a direção da unidade é quem impede a sindicalização.
Gazzanéo propôs que o Hospital reúna todos os funcionários e convoque o Sindicato o mais breve possível, para que as filiações sejam realizadas simultaneamente, como forma da administração da unidade se prevenir da acusação de prática anti-sindical.
Fonte: Assessoria Sateal