Sateal pede execução para ação de cumprimento contra o Hospital de Palmeira dos Índios

Sateal pede execução para ação de cumprimento contra o Hospital de Palmeira dos Índios


Publicado em: 19/11/2013 11:17 | Autor: 324

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Após diversas tentativas objetivando resolver problemas relacionados a direitos trabalhistas e condições de trabalho dos funcionários do Hospital Regional Santa Rita, de Palmeira dos Índios, o presidente do Sateal, Mário Jorge Filho, esteve à diretoria do Hospital a fim de encontrar uma solução para o empasse, que envolve o não pagamento de férias vencidas, salários em atraso, a não realização de exames periódicos e assédio moral.

Diante da situação de indignação e revolta dos trabalhadores pelo atraso nos salários, o Sindicato pediu a execução do Termo de Ajustamento de Conduta firmado na Procuradoria Regional do Trabalho, além de ajuizar duas ações, uma por danos morais pelo atraso de salário e outra ação cobrando multa pelo não cumprimento do pagamento das férias em dia.   

A direção do hospital reclamou das dificuldades financeiras que a instituição vem passando devido à ausência de incentivos do governo. Os representantes do hospital foram enfáticos ao afirmar que não teriam como atender as reivindicações ou cumprimento da convenção coletiva, e pediu um prazo de 30 dias para rediscutir o assunto.

“A direção do hospital não levou em consideração os Termos de Ajustamento de Conduta assinados na Procuradoria Regional do Trabalho. Em um deles, a instituição se compromete a combater o assédio moral contra os trabalhadores. Segundo denúncias encaminhadas ao Sindicato, funcionários do setor de nutrição e higienização foram vítimas de assédio por parte de duas nutricionistas e pela direção administrativa, esta última de imediato procurou resolver a situação temendo denúncia”, frisou Mário Jorge.

Descumprimento da NR32

Durante a reunião, o presidente do Sateal cobrou da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) e do técnico em segurança no trabalho, a ausência de orientação nos exames periódicos, na detecção e prevenção de doenças ocupacionais e a orientação para o cumprimento da NR32 com relação a fardamento completo e sapatos fechados.

Funcionários realizando atividades irregularmente

“Na coordenação de enfermagem, o sindicato solicitou mais uma vez que auxiliares/técnicos executem atividades que não são inerentes a sua função, como pré-consultas e serviço de hemoterapia. A coordenadora insistiu que não havia problema que o profissional realize aferição de sinais vitais em pacientes. O problema é que profissionais de nível médio estão fazendo triagem”, reforçou. 

Por não haver consenso em resolver o problema, o Sindicato vai encaminhar o ofício denunciando o caso ao Conselho Regional de Enfermagem e ao Ministério Público do Trabalho, pedindo a responsabilização da responsável técnica.

Médicos desperdiçando medicamentos    

Trabalhadores denunciaram que médicos jogam no lixo amostras de medicamentos que poderiam ser utilizados nos pacientes. Funcionários disseram que pacientes particulares são encaminhados a UTI pelo SUS.

A administração da unidade informou que pretende regularizar a situação, principalmente o cumprimento dos salários em dia, quando houver a implantação da UTI tipo II, que ainda precisa ser avaliada e habilitada pelo Ministério da Saúde.

Segundo a administradora, ao implantar a UTI do hospital, a direção se compromete a não mais atrasar os salários, devido à entrada de mais recursos. “O que significa dizer que não há previsão e nem os trabalhadores vão ficar com seus vencimentos atrasados esperando que a administração encontre alternativas para regularizar a situação”, atacou o presidente.

Hemodiálise esquecida

Durante a visita ao Hospital Regional Santa Rita, Mário Jorge Filho esteve no setor de Hemodiálise e constatou que os trabalhadores estão com os salários de maio em aberto, bem como as férias vencidas. “Os trabalhadores estão preocupados com as cobranças. Funcionários que moram em outras cidades e pagam transporte, tem uma despesa média de R$300 mensal. Daqui a pouco não haverá mais a possibilidade de crédito para esses profissionais”, reforçou.

O presidente do Sateal completou. “O Sindicato entende as dificuldades que a saúde brasileira atravessa. São poucos recursos e não há prioridade, como estamos vendo neste momento, com uma epidemia que assola Alagoas. Porém, não podemos deixar de tomar as providências cabíveis para garantir os direitos dos associados”, assegurou.

 

Fonte: Assessoria Sateal