Um relatório feito pelo Tribunal de Contas da União (TCU) constatou irregularidades no Hospital Universitário (HU) de Maceió. Entre as queixas está a insuficiência de pessoal no hospital. A auditoria também foi realizada em outros 24 hospitais universitários do país.
A carência de funcionários na unidade motivou uma ação civil pública do Ministério Público Federal. No documento, o MPF solicita que a Justiça determine a realização de concurso público para a contratação de profissionais. Com isso, os representantes do Ministério Público esperam que o atendimento melhore.
De acordo com a ação, que está em fase de elaboração de provas na Justiça, existe uma necessidade urgente de preencher 146 vagas no HU. Mas a carência é de 546 profissionais.
“Eu espero que o judiciário possa acolher os pedidos que o Ministério Público lançou, e que a União contrate os servidores através de concurso público, seguindo as regras previstas pela Constituição. A partir daí, com mais servidores, esperamos que o HU possa cumprir toda sua finalidade”, expôs a procuradora da República Roberta Lima Barbosa.
O relatório destaca ainda outras falhas no funcionamento do HU. Como a falta de clareza sobre cargos efetivos e comissionados, e a ausência de normas para a realização de compras, licitações e contratos.
O coordenador geral do Sindicato dos Servidores da Ufal (Sintufal), Emerson Oliveira, diz que o Sindicato tem dificuldades para acessar os documentos do Hospital Universitário. "Não temos acesso às questões de licitações, a cópia de contratos de empresas terceirizadas, embora já tenhamos solicitado isso outras vezes”, explica.
O coordenador explica que a precariedade do hospital origina os problemas enfrentados tanto pelos pacientes quanto por quem trabalha no local. “Essa situação termina acarretando um grande número de afastamentos por doença, por stress; e a população, que poderia ter um atendimento melhor, termina não tendo por contra dessa precariedade e ausência de trabalhadores em número suficiente”, finaliza.
O Tribunal de Contas da União deu um prazo de 120 dias para que o HU apresente um plano de ação com as melhorias solicitadas. A Assessoria de Comunicação do hospital informou que ainda não recebeu o relatório e, portanto, não irá se pronunciar sobre o caso.
Fonte: Assessoria Sateal com G1/AL