A reunião para tratar do impacto da jornada de 30 horas semanais para a enfermagem brasileira, envolvendo representantes dos trabalhadores, da classe patronal e do Ministério da Saúde, realizada nesta terça-feira, 28, em Brasília, não teve qualquer avanço.
Preocupados apenas com o impacto financeiro e a contrapartida do governo federal para subsidiar os custos atrelados a redução da jornada, o setor patronal ignorou os estudos realizados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos (DIEESE) e travou as negociações, adiando ainda mais a aprovação do projeto.
Representantes do MS se comprometeram a marcar uma agenda entre a classe patronal e o ministro, Alexandre Padilha. Representantes do Forum 30 Horas Já formularam documento convidando as ministras Mirian Belchior (Planejamento), Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Guido Mantega (Fazenda), para acompanhar as negociações.
Enquanto Ministério e setor patronal vão debater mais uma vez a redução da carga horária, representantes dos trabalhadores continuarão o trabalho junto aos parlamentares líderes de bancada. A intenção é pressionar o governo no sentido de cumprir com essa dívida social que Dilma e o Padilha têm com a enfermagem brasileira.
“O setor patronal só visa o custo e quer saber quem vai pagar a conta. Enquanto nós apresentamos alternativas diversas para a dissolução do problema, os representantes das empresas só queriam saber do valor dos gastos com a redução da jornada, se o governo federal vai subsidiar as despesas ou não”, relata o membro do Forum 30 Horas Já, presidente do Sateal e diretor da CNTS, Mário Jorge Filho, informando que uma nova agenda só acontecerá após reunião no Ministério da Saúde.
Fonte: Assessoria Sateal