A reportagem da TV Gazeta, veiculada no último dia 13 de abril em Alagoas, denuncia que o segundo destino turístico mais visitado de Alagoas, Maragogi, tem apenas um hospital para atender à população e quem visita o Litoral Norte do Estado. Em 2010, o governador Teotônio Vilela assinou a ordem de serviço para a construção de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para atender a saúde pública da região.
O presidente do Sateal, Mário Jorge Filho, reiterou a informação de que dezenas de denúncias sobre UPAs paralisadas já foram encaminhadas ao Ministério da Saúde, além dos órgãos estaduais. "Finalmente o Ministério tomou um posicionamento para cobrar do estado o andamento dessas obras. Enquanto estão paradas, as Unidades deixam de prestar um importante antedimento a população, sem contar a sensação de desperdício de dinheiro público com estruturas erguidas e não utilizadas", ressaltou.
O prazo de conclusão da obra era de 90 dias, como consta na placa. Mas a construção está parada desde janeiro e não tem prazo para ser concluída. A UPA está localizada às margens da AL 101 Norte, local estratégico para atender com rapidez os casos de urgência e emergência da região.
Esta semana uma consultora técnica do Ministério da Saúde esteve em Maceió reunida com os gestores das UPAs que estão sendo construídas no Estado. Ela cobrou a abertura das Unidades de Pronto Atendimento e deu um prazo de 60 dias para que as unidades que estão prontas comecem a atender a população, caso contrário, os municípios podem perder as UPAs.
Em Marechal Deodoro, a Unidade de Pronto Atendimento foi construída no Francês para que outros municípios do Litoral Sul tenham o acesso facilitado. De acordo com a diretora da rede de urgência e emergência do município, o prédio está pronto desde dezembro do ano passado.
Aparelhos de ar condicionado já foram instalados, parte elétrica e hidráulica estão em dia, além das placas de identificação nas paredes. Mas faltam os equipamentos que devem ser instalados pelo Governo do Estado para que a UPA seja entregue à Prefeitura de Marechal Deodoro, que vai gerir a unidade e contratar funcionários especializados.
Por enquanto, apenas seguranças pagos pelo Estado trabalham no local. Foi previsto um gasto mensal de R$ 200 mil, mas pelo levantamento da Secretaria de Saúde do município a despesa será bem maior.
A diretora de urgência e emergência de Marechal Deodoro, Renata Marilene, explica que 50% dos gastos serão pagos pelos Governo Federal. "Serão gastos aproximadamente R$ 355 mil por mês e serão contratados mais de 75 profissionais", afirma.
Em Alagoas foram inauguradas apenas as UPAs dos municípios de Viçosa e Penedo. Estão prontas as unidades de Palmeira dos Índios, Marechal Deodoro e Delmiro Gouveia, mas nenhuma delas foi equipada pelo Estado. A construção da UPA de Maragogi está parada desde janeiro. Também foram habilitados outros municípios que terão Unidades de Pronto Atendimento: Arapiraca e Santana do Ipanema que devem ser construídas pela gestão municipal. Maceió terá duas UPAs, uma na Cabo Reis, no bairro do Trapiche, e outra no Benedito Bentes, construídas pelo Governo do Estado.
O secretário Municipal de Saúde, João Marcelo Lyra, afirma que está indo para Recife para ver como funcionam as UPAs que deram certo. "Ainda não há um prazo para a construção dos hospitais, isso depende do Governo do Estado, mas o município de Maceió esta fazendo tudo para agilizar o processo", diz. Ainda segundo o secretário, a Prefeitura está procurando um terreno em Jacarecica para ser construída uma terceira UPA para atender ao Litoral Norte.
Fonte: Assessoria Sateal com TV Gazeta
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