Sem equipamentos e funcionários, amostras de pacientes apodrecem no Laboratório do Hospital da Mulher, em Maceió

Sem equipamentos e funcionários, amostras de pacientes apodrecem no Laboratório do Hospital da Mulher, em Maceió


Publicado em: 13/03/2020 14:30 | Fonte/Agência: Ascom

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Sem equipamentos e funcionários, amostras de pacientes apodrecem no Laboratório do Hospital da Mulher, em Maceió

Material está mal armazenado e sem pessoal para fazer as análises e pacientes seguem aguardando retorno

O Sateal recebeu denúncia de que órgãos e pedaços de matéria orgânica retirados de pacientes para realização de biópsias estão apodrecendo dentro do laboratório do Hospital da Mulher, em Maceió.

Segundo a denúncia, encaminhada a Procuradoria do Trabalho e ao Ministério Público Estadual, parte desses materiais foram recolhidos durante os mutirões de cirurgias realizados pelo governo do estado e há mais de um mês estão acondicionados em caixas térmicas, pelas bancadas e até no chão do laboratório.  

O laboratório também é responsável pelas demandas da Maternidade Santa Mônica e do próprio Hospital da Mulher, mas não tem conseguido armazenar os materiais adequadamente e nem realizar as investigações por falta de equipamentos, insumos e de pessoal para dar conta da demanda.

O resultado dessas investigações clínicas é aguardado pelos pacientes e familiares para fechar diagnósticos e dar sequência aos tratamentos de saúde. Eles ligam todos os dias, e a equipe precisa ter sempre uma desculpa para explicar o que não está sendo feito. 

“Apenas 2 técnicos e 1 biomédico estão escalados nos plantões noturnos e finais de semana. Esses horários são tão intensos quanto os dias e horários comerciais. Eles passam a noite recebendo chamados para recolher material das duas unidades. Cabe a quem recolhe a análise do material e a função administrativa, uma vez que é o próprio técnico quem precisa fazer o cadastro de cada paciente, digitar o resultado de cada um dos exames e depois liberar no sistema”, explica o presidente do Sindicato.

A precariedade no trabalho do laboratório é resultado da transferência ou desistência dos profissionais que fizeram processo seletivo e ainda dos próprios servidores do estado que se recusaram a trabalhar em condições tão precárias.

“Falta desde o material de almoxarifado e papelaria, até reagentes e equipamentos especializados na área de microbiologia para análise dos materiais recolhidos. Há insumos com data de validade vencida. Por isso pedimos ao Ministério Público que investigue e obrigue o estado a corrigir a situação imediatamente”, acrescentou Mário Jorge.