Os hospitais de Alagoas insistem em oferecer aos auxiliares e técnicos de Enfermagem salários mínimos em 2017. Com isso, a audiência de conciliação que tentava por fim ao impasse no dissídio coletivo terminou sem um acordo. O Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem do Estado de Alagoas (Sateal) irá analisar junto a categoria se aceita a proposta formulada pelo procurador do Trabalho Cássio de Araújo Silva na ocasião.
A audiência foi realizada na última segunda-feira (16) no Tribunal Regional do Trabalho 19ª Região e foi conduzida pela vice-presidente e corregedora do TRT, desembargadora Vanda Lustosa.
O Sateal pleiteia reajuste do piso e dos salários dos auxiliares e técnicos no percentual de 20% - sendo 11% correspondentes à reposição da perda salarial decorrente da inflação do período de janeiro/2015 a fevereiro/2016 -, e 9% a título de ganho real.
Porém o Sindhospital se sustenta no argumento que a crise impediria as empresas a concederem os percentuais requeridos, mas com isso só deixa claro que quer implantar nos hospitais de Alagoas a política do salário mínimo. Segundo o presidente do Sateal, Mário Jorge Filho, o governo federal reajustou o salário mínimo brasileiro em R$ 937, acima do atual piso dos auxiliares e técnicos. O Sateal luta para que esta não seja a realidade da categoria.
Em decorrência da ausência de proposta do Sindhospital, o procurador do Trabalho Cássio de Araújo Silva sugeriu que o citado sindicato procedesse ao reajuste da seguinte forma: pagamento do salário mínimo com o acréscimo de 5% para os auxiliares de enfermagem e de 10% aos técnicos, podendo haver parcelamento em até seis vezes das diferenças salariais decorrentes.
O Sateal irá se reunir com a categoria para discutir a proposta do procurador do Trabalho e levar suas decisões para a nova audiência marcada para o próximo dia 23 de janeiro.
Ascom Sateal - Com informações TRT