O trabalhador brasileiro teve a maior perda salarial em termos reais entre os países das Américas em 2015, de acordo com o Relatório Global sobre Salários 2016-2017 publicado no dia 15 de dezembro pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). O salário do trabalhador brasileiro caiu 3,7% no ano passado, diante do cenário de crise econômica e aceleração da inflação.
O trabalhador brasileiro teve a maior perda salarial em termos reais entre os países das Américas em 2015, de acordo com o Relatório Global sobre Salários 2016-2017 publicado, no dia 15 de dezembro, pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).
O salário do trabalhador brasileiro caiu 3,7% no ano passado, diante do cenário de crise econômica e aceleração da inflação. Em 2013 e 2014, os salários reais haviam crescido 1,9% e 2,7%, respectivamente.
Os demais países da região que também tiveram queda dos salários reais foram Equador (-0,5%), Guatemala (-2,2%) e Jamaica (-3,3%). No lado oposto, República Dominicana (11,1%), Nicarágua (2,8%), Estados Unidos (2,2%), Porto Rico (2,1%), Chile (1,8%) e Uruguai (1,6%) tiveram aumento dos salários reais no mesmo ano.
Desigualdade de salários
O relatório da OIT mostrou ainda que, na Europa, os 10% que recebem maiores salários ganham, em média, o equivalente a 25,5% do total de salários pagos somados de todos os trabalhadores em seus respectivos países.
A situação é pior em algumas economias emergentes. No Brasil, os 10% que ganham mais recebem o equivalente a 35% do salário de todos os demais, apesar de melhoras nos últimos anos, segundo o documento. Na Índia, esse percentual sobe para 42,7% e na África do Sul, para 49,2%.
Segundo o relatório, junto com a redistribuição fiscal por meio de impostos e transferências de renda, as mudanças na distribuição dos salários e na criação ou destruição de empregos têm sido fatores por trás das recentes tendências de aumento das desigualdades nos países.
Fonte: ONUBR