Entidades ingressam com ação contra terceirização da Saúde pública de Alagoas

Entidades ingressam com ação contra terceirização da Saúde pública de Alagoas


Publicado em: 28/10/2016 18:06 | Autor: 337

Whatsapp

 

Advogados de entidades sindicais representativas dos trabalhadores da saúde se reuniram para articular uma ação cautelar para tentar barrar na Justiça que o Estado de Alagoas contrate Organizações Sociais, as OSs, para gerir equipamentos de saúde.

A ação conjunta das entidades é contra a proposta apresentada pela Secretaria de Estado da Saúde (SESAU) que prevê a terceirização da administração do Hospital Geral do Estado, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e do Hospital Ib Gatto Falcão.

Segundo a advogada do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem do Estado de Alagoas (Sateal), Mônica Valéria Xavier, além da precarização que a medida ocasionará no serviço público, a empresa que o Estado pretende contratar possui um histórico ruim de gestão em outros estados. “Se não deu certo em outros estados aqui em Alagoas a gestão também não tende a ser boa. Por isso iremos interpelar judicialmente essa contratação”, disse.

Entidades reprovam OS

Durante reunião extraordinária no Conselho Estadual de Saúde para tratar do tema, sindicatos e entidades reagiram contrários à proposta apresentada pela secretária de saúde Rosângela Wyszomirska. Segundo ela expôs a proposta de terceirizar a saúde vem sendo estudada desde o início da gestão de Renan Filho.

Para o presidente do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem no Estado de Alagoas (Sateal), o Estado pretende com a proposta apresentada terceirizar serviços pagando a outras empresas quando não honra com os hospitais e casas de saúde que realizam contratualização com o Hospital Geral do Estado.

“É preciso que o governo do Estado faça uma breve retrospectiva e lembre do Hospital Regional de Santana do Ipanema que hoje está terceirizado e recebe um dos maiores recursos da região e não apresenta a resolutividade desejada. Há trabalhadores com jornada extensa e grande sobrecarga de trabalho, além dos empregados acometidos de depressão e síndrome do pânico. O estado é conhecedor dessa situação, mas é omisso e negligente. Tenta a todo custo implantar em Alagoas um sistema de administração terceirizada que em outros estados estão sendo rejeitados. Afinal, a quem interessa a terceirização?”, questionou Mário Jorge.

Ascom Sateal