Os hospitais de Alagoas podem parar e com isso colocar em situação de risco os trabalhadores e a população. O motivo ocorre pelo atrase no repasse de recursos pelo Estado e Município de Maceió. Promotores de Justiça estão atentos a esta irregularidade e vão intermediar uma solução junto ao Executivo Estadual.
A reunião foi entre Ministérios Públicos Estadual, do Trabalho, representantes de sindicatos, Sindicato dos Hospitais e funcionários da área de saúde para discutir a situação dos hospitais filantrópicos de Alagoas.
A reunião foi comanda pelas promotoras Micheline Tenório e Failde Mendonça, do Núcleo de Defesa da Saúde Pública e da Promotoria de Fundações respectivamente, pela procuradora da República Roberta Bomfim e pelo procurador do Trabalho Cássio Araújo. Solicitada pelo Sindhospital e pelos hospitais do Açúcar, Santa Casa de Maceió e Sanatório, as entidades alegaram estão tendo dificuldades de honrar com seus compromissos, especialmente, com o pagamento dos trabalhadores. O motivo seria o atraso no repasse dos recursos que são de responsabilidade do Estado e da Prefeitura de Maceió.
Na ocasião os hospitais chegaram a relatar que a situação vivida e os atrasos de salários e outros benefícios dos trabalhadores se deve a esses atrasos.
Cinco entidades de classe estiveram presentes ao encontro: Sindicato dos Enfermeiros de Alagoas (Sineal), Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem de Alagoas (Sateal), Sindicato dos Empregados da Saúde do Estado de Alagoas, Sindicato dos Técnicos, Citotécnicos e Auxiliares de Laboratório de Análises Clínicas e Médicas no Estado de Alagoas (Sintecal) e Sindicato dos Técnicos de Radiologia e Auxiliares de Alagoas.
“Nós não queremos paralisar as atividades. Sabemos que se fizermos isso, o paciente, que não tem culpa desse caos, vai pagar por algo que ele não deu causa. No entanto, não há como segurar a categoria por muito tempo, caso os trabalhadores acumulem folhas salariais em atraso. É que preciso que os gestores reflitam sobre o risco de eminente de greve e os reflexos que esse tipo de paralisação podem causar na sociedade”, afirmou Mário Jorge Filho, presidente do Sateal.
Os Ministérios Públicos irão agora se reunir com os representantes do Estado e do Município para saber o motivo da mudança de datas dos repasses e se esse impasse pode ser resolvido em um curto espaço de tempo.
Ascom Sateal *Com informações MPE/ Foto: G1 Alagoas