Entidades representativas da Enfermagem brasileira realizaram nesta terça-feira, em Curitiba, durante o 15 Senaden, amplo debate sobre Ensino a Distância (EAD) na Formação em Enfermagem.
A conselheira federal Dorisdaia de Humerez, coordenadora daOperação EaD e avaliadora ad hoc do Inep/MEC, representou o Cofen na tribuna, apresentando dados atualizados dos cursos do ensino em Enfermagem no Brasil. Há mais de 100 mil vagas já ofertadas, com cerca de 64 mil vagas ociosas. “Qual a necessidade de se formar técnicos e auxiliares de Enfermagem a distância, se as vagas presenciais já atendem e superam a demanda?”, questionou.
Dorisdaia foi enfática na posição institucional do Sistema Cofen/Conselhos Regionais contra a formação em Enfermagem por EAD, ressaltando que esta autarquia tem por finalidade salvaguardar a população de imperícia, imprudência e negligência provocada por pseudo-profissionais enfermeiros. O conselho apoia o Projeto de Lei 2891/2015, que torna obrigatório o ensino presencial para enfermeiros e técnicos de Enfermagem, e lidera mobilização nacional pelo ensino presencial e de qualidade, realizando audiências públicas em todo o Brasil.
Participaram do debate a presidente do Coren-PR, Simone Peruzo, a Presidente da ABEn, Angela Alvarez, a Presidente da FNE, Solange Caetano, a representante do Cosems-PR, Dorotéia Soares, o representante da ENEENF, Dejair Soares, a Diretora do Departamento de Educação da SEED-PR, Margaret Sbaraini e a Conselheira do Conselho Estadual de Educação do Paraná, Sandra Silva. A tribuna foi coordenada pela enfermeira Maria Goretti.
Propostas e encaminhamentos contrários a formação de profissionais de Enfermagem por ensino a distância foram apresentadas no debate que serão consolidadas em documento oficial do 15° Senaden.
Os representantes da mesa foram unânimes se posicionando contrários ao EAD na Enfermagem, propondo a realização de uma agenda conjunta e campanha publicitária única de todas as entidades em prol da luta.
Fonte: Cofen