SUS perdeu mais de 23 mil leitos de internação no país; em AL foram 466

SUS perdeu mais de 23 mil leitos de internação no país; em AL foram 466


Publicado em: 18/05/2016 19:05 | Autor: 337

Whatsapp

 

Não bastassem as ameaças vindas de quem deveria defender e melhorar o Sistema Público de Saúde, ele vem paulatinamente ficando menor e oferecendo menos leitos de internação a população brasileira. Um levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM) apontou que o país perdeu 23,6 mil leitos de internação no SUS desde 2010. Em Alagoas foram 466 leitos a menos no período.

Esses leitos são aqueles destinados a pacientes que precisam ficar internados por mais de 24 horas. Em dezembro de 2010, o país dispunha de 335,5 mil leitos para uso exclusivo do SUS. Em dezembro de 2015 o total caiu para 312 mil, em média 13 leitos perdidos por dia.

Dentre as especialidades mais afetadas no período, em nível nacional, constam psiquiatria, pediatria cirúrgica, obstetrícia e cirurgia geral. Já os leitos destinados à ortopedia e traumatologia foram os únicos que sofreram acréscimo superior a mil leitos.

Em 2010, Alagoas tinha disponíveis 5453 leitos e em 2015 passou a ter 4987, uma redução de 466 leitos de internação. No setor de leitos de observação, em 2010 eram 901 leitos, em 2015 passou a ser 1017, mostram um aumento de 116 pela rede SUS.

Na rede privada, Alagoas apresentou um crescimento de 589 leitos disponibilizados pelos hospitais particulares. Houve redução de 150 leitos para a especialidade de obstetrícia, 345 leitos para internação pediátrica e 119 leitos para outras especialidades.  

Enquanto os 150 milhões de brasileiros que dependem exclusivamente do SUS perderam quase 24 mil leitos desde 2010, o quantitativo na rede suplementar e nas unidades privadas aumentou em 2,2 mil o número de leitos no mesmo período. Ao todo, 17 estados elevaram o montante na rede “não SUS” até dezembro de 2015. Apenas Rio de Janeiro e Ceará sofreram decréscimos significativos, da ordem de 1.751 e 1.042 leitos a menos, respectivamente.

O levantamento aponta que o Brasil aparece com um dos piores indicadores se levado em consideração as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), que não recomendam estabelecer taxas ideais de leitos por habitantes.

De acordo com o relatório de Estatísticas de Saúde Mundiais da OMS de 2014, o Brasil possuía 2,3 leitos hospitalares (públicos e privados) para cada grupo de mil habitantes no período de 2006 a 2012. A taxa é equivalente à média das Américas, mas inferior à média mundial (2,7) ou as taxas apuradas, por exemplo, na Argentina (4,7), Espanha (3,1) ou França (6,4).

Segundo o relatório, a densidade de leitos pode ser utilizada para indicar a disponibilidade de serviços hospitalares. As estatísticas de leitos hospitalares são geralmente extraídas de registros administrativos de rotina, como as bases do CNES, no caso do Brasil.

 

Ascom Sateal- Com informações do Portal Médico