Esta chamada do congresso precisa ter como premissa, que a crise é política e não econômica tão somente, disse o presidente da Federação dos Trabalhadores em Saúde, Milton Kempfer, reeleito para a gestão 2016-2020 no final dos trabalhos do dia 11/03. “Olhando nosso presidente Lião e outros sindicalistas aqui presentes não podemos desistir. Que eles nos inspirem. Estamos todos sofrendo do mesmo mal e lutando na mesma trincheira”.
“No Rio Grande do Sul, estamos diante de um governador que não recebe os trabalhadores organizados da saúde, nem os movimentos sociais de outras categorias, o que é grave e um forte indicativo das prioridades do Estado”, criticou. Portanto, segundo ele, é preciso sim unir todos os setores. “A pedalada aqui é muito feia, porque se utiliza de recursos públicos, mas não se sabe se o dinheiro será devolvido. Seguindo a lógica nacional, na manobra orquestrada pela oposição ao governo Dilma, poderíamos, quem sabe, pedir o impedimento do atual governador”, observou Milton.
Para relembrar as lutas, Milton citou os movimentos conjuntos com o SOS Hospitais Filantrópicos, luta entre patronal e trabalhadores para a retomada do pagamento em atraso dos hospitais, causando danos profundos para os funcionários, entre outras. O presidente lamentou que as duas entidades dos médicos estejam alinhadas com o atual governo, o Simers e o Cremers.
Por fim, chamou a luta pela manutenção do atual governo federal, destacando que acredita que não erramos, porque de outra forma, não teríamos tantos avanços perseguidos pelo acerto, como os programas Minha Casa Minha Vida, Prouni, Bolsa Família, entre outros, que trouxeram dignidade para as famílias brasileiras e colocaram os filhos dos trabalhadores nas universidades, em sua maioria se formando com destaque.
Artur de Vargas, diretor do Semapi e da comissão eleitoral, falou em nome dos companheiros e disse estar orgulhoso do convite para conduzir o processo eleitoral da entidade. “Um processo facilitado pela sua transparência e pelas demandas de luta”. A comissão eleitoral foi composta, ainda, por Jairo Carneiro, presidente da Federação dos Sapateiros; André Melo, presidente da Associação dos Funcionários do Hospital de Cachoeirinha; Valdemir Moreira Corrêa, presidente da Federação dos Trabalhadores da Indústria da Alimentação; e Antonio Guntzel, diretor da Federação dos Sapateiros.
Os trabalhadores tiveram palestras e debates sobre conjuntura sindical, com participação de Quintino Severo, diretor da CUT nacional, de Leandra Perpétuo, da Internacional do Serviço Público - ISP. E também painel sobre Todas as formas de violência contra a mulher, com participação de Maria Salete Cross, 2ª Tesoureira CNTS e presidente do Sindicato dos Empregados em Saúde de Chapecó. Durante a palestra foi apresentada a cartilha elaborada pela Confederação Violência Doméstica: Convivendo com o Agressor, que aborda sobre a violência doméstica em todas as suas nuances, contra a mulher, a criança e o adolescente, o idoso, o homem, o deficiente e a pessoa LGBT.
A informação de que a cada uma hora e meia morre uma mulher vítima da violência masculina no Brasil chamou a atenção da plateia para a gravidade da violência doméstica. Maria Salete acrescentou que isso significa 15,52 a cada dia, 472 a cada mês e 5.664 mortes de mulheres por ano. “E os parceiros íntimos são os principais assassinos”, alertou. A secretária de Desenvolvimento Social da Prefeitura de Canoas, Maria Eunice Wolf, fez uma reflexão sobre a trajetória da mulher, marcada pela discriminação na carreira profissional, no salário, na ascensão e na liberdade e autonomia.
Fonte: CNTS
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