A desaceleração da economia afetou o mercado de trabalho e tornou mais difícil uma colocação. Em 2015 o Brasil perdeu cerca de 1,5 milhão de postos de trabalho e, este ano, se não quiser perder mais, o movimento sindical terá que intensificar a luta para garantir seus direitos.
Nota Técnica Nº 154 do DIEESE – Departamento Intersindical de Estatísticas Socioeconômicas aponta que o País enfrenta um período recessivo acompanhado por uma aceleração inflacionária.
Embora não seja inédito, esse quadro é desolador, uma vez que o desaquecimento econômico deteriora o mercado de trabalho, provocando aumento de desemprego e queda dos rendimentos dos trabalhadores, cenário que se degrada ainda mais quando a taxa de inflação aumenta.
“Não bastasse o aumento do desemprego que, infelizmente, poderá atingir mais de 3 milhões de trabalhadores (as) este ano. Os reajustes de salários estão sendo abaixo da inflação. Quem fecharam acordos recentemente tiveram uma perda de 1,3% no primeiro mês do ano”, afirma o Secretário Geral Nacional da Nova Central, Moacyr Roberto Tesch Auersvald.
De acordo com Moacyr a situação é delicada e a classe trabalhadora é penalizada duas vezes. Porque sofre com a redução do poder de compra do salário e ao perder o emprego levará mais tempo para conseguir uma recolocação no mercado de trabalho.
Dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), atestam que no fim de 2014, o profissional demorava 6,8 meses para conseguir uma nova vaga, atualmente, esse tempo é cerca de oito meses. “Neste cenário de alta da inflação, poderá aumentar os conflitos de classes, uma vez que o trabalhador assalariado é, em última instância, o mais prejudicado pela elevação dos preços”, garante o sindicalista.
Fonte: Nova Central Sindical - NCST