Após ficar meses fechada para uma reforma por conta de um curto circuito, a Maternidade Escola Santa Mônica foi reinaugurada pelo governador Renan Filho no último dia 18 de dezembro. O detalhe é que a festa serviu apenas para saltar aos olhos do ministro da Saúde, Marcelo Castro, que veio a Maceió e participou do evento. A maternidade segue fechada e só deve abrir para atendimento ao púbico no final de dezembro.
Antes mesmo do início da solenidade da inauguração, parte da estrutura cedeu por conta da chuva que caiu na capital horas antes do evento. Do lado de fora da maternidade, entidades representantes da Enfermagem protestavam contra a medida. A notícia da reinauguração da maternidade criou também uma expectativa frustrada em gestantes de alto risco que precisam de atendimento, já que pouco se falou sobre o retorno do atendimento ao público.
Tal fato foi criticado pelas entidades da Enfermagem, já que o principal objetivo de se reabrir a unidade seria a possibilidade de se atender as parturientes e não contribuir para que boatos e informações desencontradas fossem divulgados, o que acabou ocorrendo.
O presidente do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem no Estado de Alagoas (Sateal), Mário Jorge dos Santos Filho, fez coro às entidades ao questionar a necessidade de uma solenidade com a presença do ministro da saúde e de autoridades locais para inaugurar um prédio que permanecerá fechado.
“O que há de tão necessário para tanta pressa por ato dessa natureza? O momento politico atual do país requer sensatez, firme vigilância e posicionamentos da população alagoana especialmente dos trabalhadores da Saúde e também das autoridades”, ressaltou.
Enquanto a Santa Mônica permanece com boa parte de sua estrutura renovada, equipamentos parados e sem previsão de abertura para atendimento, gestantes de alto risco continuam a peregrinação por outros hospitais do estado.