Cortes de recursos causa efeito dominó no país e todos pagam a conta

Cortes de recursos causa efeito dominó no país e todos pagam a conta


Publicado em: 09/12/2015 20:49 | Autor: 337

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A incerteza econômica que atingiu todos os brasileiros em 2015 vai continuar apontando o rumo das finanças por algum tempo. O décimo terceiro salário de longe vai representar um respiro para o trabalhador, já que o panorama nacional mostra que os cortes e medidas de contenção de gastos realizados pelo governo federal vão resultar num efeito dominó, atingindo vários segmentos.

Nessa cadeia, o corte de recursos feito pelo governo federal afetará estados, municípios, hospitais prestadores de saúde, o trabalhador e todos os segmentos que dependem da circulação de capital para sobreviver, segundo aponta o presidente do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem no Estado de Alagoas (Sateal), Mário Jorge dos Santos Filho.

“Se há trabalhadores da saúde que estão com salários atrasados e não sabem quando vão receber o décimo terceiro, muito desse problema ocorre por conta das medidas adotadas pelo governo federal. Se o governo federal faz cortes, isso vai repercutir nos estados e municípios, assim como nos hospitais prestadores de serviço, que são aqueles que realizam procedimentos por meio de convênio com o SUS. Se esse recurso atrasa, a unidade hospital vai atrasar o pagamento dos trabalhadores, já que não haverá recurso suficiente para honrar com as dívidas. É necessário ficar atento ao movimento econômico que a União adota, pois a situação tende a piorar”, alertou.

O governo estadual, por exemplo, encerrou as atividades do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafem) no dia 19 de novembro e só voltará a reabrir em fevereiro. A medida visa conseguir recursos para o Estado. O Siafem é responsável por pagar a todos os fornecedores, inclusive hospitais, por serviços prestados ao Estado. “Com o fechamento antecipado, o estado só pagará o que já foi contabilizado e empenhado no Sistema e desta forma aqueles trabalhadores da saúde que atuam em hospitais que prestam serviço ao estado correm o risco de receber com atraso os salários”, comentou.

“A nossa preocupação é com os efeitos dessa reação econômica em cadeia que ocorre no país. Se o hospital prestador de serviço não recebe recursos, não paga os trabalhadores, mas afinal de contas, quem vai pagar essa conta? O trabalhador não pode ficar com a corda no pescoço”, defendeu.

Ascom Sateal