CONASEMS emite nota de repúdio por corte de R$ 3,8 bi no Orçamento da Saúde

CONASEMS emite nota de repúdio por corte de R$ 3,8 bi no Orçamento da Saúde


Publicado em: 30/11/2015 18:19 | Autor: 337

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Os cortes em recursos promovidos pelo Governo Federal além de indicar prejuízo à  população também causaram a indignação de entidades representativas. Uma delas foi o Conselho Nacional de Secretarias Municipais (Conasems), que emitiu uma nota de repúdio pelos cortes da ordem de R$ 3,8 bilhões no orçamento do Ministério da Saúde no Projeto de Lei Orçmentária Anual 2016.

Os recursos seriam destinados a custear as despesas dos procedimentos de Média e Alta Complexidade (MAC) nos municípios brasileiros.

Veja na íntegra a nota:

NOTA DE REPÚDIO

O Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde - CONASEMS vem à público manifestar repudio e indignação diante dos R$ 3,8 bilhões que foram cortados, pelo Governo Federal, no orçamento do Ministério da Saúde no Projeto de Lei Orçamentaria Anual – PLOA 2016, relativos as despesas destinadas aos procedimentos de Média e Alta Complexidade – MAC nos municípios brasileiros. O financiamento do SUS, historicamente, está aquém das necessidades de saúde da população brasileira e este subfinanciamento tem se aprofundado diante das atuais ações de retração de recursos evidenciadas no PLOA 2016. O Ministério da Saúde já havia exposto um déficit no MAC de R$ 5,32 bilhões de reais quando foi apresentado a peça orçamentária no Congresso Nacional, entretanto, esta nova decisão tomada pelo Governo Federal de reduzir mais R$ 3,8 bilhões, elevou o déficit para R$ 9,12 bilhões no MAC com consequências ainda mais danosas aos serviços de saúde ofertados pelo ente municipal à população. A estimativa de insuficiência de recursos para 2016 totaliza 16,8 bilhões de reais. Com o gravidade da crise econômica é evidente o esgotamento da capacidade de alocação de mais recursos municipais, cuja média de aplicação em saúde é de 23%, o que demonstra os esforços da gestão municipal em honrar com seus compromissos. Por isso, o CONASEMS, representante legal da gestão municipal do SUS, manifesta seu repudio, pois entende que fatalmente esta retração de recursos ira reduzir ou interromper serviços relevantes como exames de alta complexidade, cirurgias, consultas especializadas, terapia renal substitutiva e oncologia, significando desassistência com reflexos desastrosos sobre a saúde das pessoas.

Ascom Sateal com informações Conasems