SUS é melhor avaliado que serviço privado em pesquisa

SUS é melhor avaliado que serviço privado em pesquisa


Publicado em: 28/10/2015 18:55 | Autor: 337

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Divulgada no último dia 13 de outubro, uma pesquisa realizada pelo Datafolha, encomendada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), apontou que 60% dos entrevistados consideram a “saúde em geral” péssima. Quando apenas o SUS é avaliado, o número cai para 54%.

Para a “saúde em geral” – rede pública e privada – 24% dos entrevistados deram nota zero. Quando a avaliação se remeteu apenas ao SUS, 18% deram essa nota. Na relação inversa, a rede pública também se saiu melhor. 2% deram nota 10 para a “saúde em geral”, enquanto que 3% deram nota 10 para o SUS. Segundo a pesquisa do Datafolha, 20%, numa escala de zero a dez, deram nota cinco para a “saúde em geral”. No SUS, esse índice foi de 19%.

A maior diferença foi entre as notas acima de sete. Para a “saúde em geral”, 11% dos entrevistados fizeram essa avaliação. Já para o SUS, esse índice foi de 18%. Ainda de acordo com a pesquisa, o número de pessoas que utilizaram o SUS no último ano caiu de 89% para 83%.

REDE PRIVADA X SUS

A rede privada atende 25% da população brasileira e corresponde a 52,5% de todos os recursos – privados e públicos – gastos em saúde no país, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Isso representa cerca de R$ 2.200 por pessoa.

Já o SUS atende a 83% da população, de acordo com a pesquisa do Datafolha, mas se utiliza de 47,5% do total de recursos gastos em saúde no Brasil. Isso representa cerca de R$ 1.000 por pessoa. Ao se cruzar os dados, nota-se que parte dos beneficiários de planos de saúde também utilizam o SUS, uma vez que 25% somados a 83% dão 108%.

O SUS atua com serviços que atendem a todos, como vacinas, vigilância epidemiológica. Além de atendimentos que os planos muitas das vezes se negam a pagar, como atendimentos de urgência e emergência, tratamento de câncer, transplantes e hemodiálise. De todos esses custos, estima-se que apenas 25% do valores são ressarcidos ao SUS, mas em torno de 20% acabam sendo gastos com os recursos dos tramites judiciários.

Fonte: Tribuna Independente