20 de maio – Dia Nacional dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem

20 de maio – Dia Nacional dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem


Publicado em: 18/05/2018 13:54 | Fonte/Agência: Ascom Sateal

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Sobrecarga de trabalho, baixa remuneração, atraso nos salários, assédios, ambientes insalubres e descaso são alguns dos principais problemas enfrentados pelos profissionais da enfermagem em Alagoas. O Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem de Alagoas – Sateal, celebra a passagem do Dia Nacional dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem chamando atenção para os grandes desafios da categoria no presente e convocando os profissionais a unirem-se para os enfrentamentos.

“Além dos problemas atuais, que não são novos, os profissionais estão começando a sentir os efeitos da reforma trabalhista, que alterou para pior as condições de trabalho. Agora temos ainda mais embates com os empregadores, que estão querendo colocar em prática o que foi aprovado na lei e que é muito danoso”, descreve preocupado o presidente Mário Jorge Filho. 

Entre os pontos mais prejudiciais, a aplicação da jornada de 12h diurnas, sem o direito a folga semanal, feriado e descanso, o fracionamento das férias, o afastamento de mulheres gestantes e lactantes de locais insalubres e o corte do benefício, além de tentar reduzir ao máximo a participação dos sindicatos nas negociações junto a categoria.

Em entrevista à jornalista do Sateal, o procurador do trabalho em Alagoas, Cássio Araújo, foi enfático. “A extensão da jornada sem limites; a retirada da natureza salarial de parcelas consideráveis, o que significa que o trabalhador recebe uma parte do seu salário em que não será contado para fins de fundo de garantia, décimo terceiro, férias, ficando ao alvedrio do empregador dizer quanto será destinado para contribuição. Só esses dois pontos atingem pilares do contrato de trabalho”. 

Durante a entrevista, o procurador chamou a atenção para outro ponto forte: No mundo do trabalho sempre houve a negociação coletiva, que era feita para buscar melhorias na vida do trabalhador. “Quando se fala do negociado prevalecer sobre o legislado, isso significa uma piora na vida do trabalhador. Se a pergunta fosse – em qual aspecto a Reforma favorece o trabalhador? Iríamos procurar e não encontraríamos nada favorável”, completou.

Na luta para garantir a manutenção dos direitos, apesar de abalados pela aplicação de leis e medidas provisórias, resistem os Sindicatos. Em parceria com a Procuradoria Regional do Trabalho, tem buscado meios de barrar a avalanche de decisões de hospitais e unidades de saúde de precarizar as condições de trabalho. Desde o início do ano, diversas reuniões para discutir alterações na jornada de trabalho, aplicação de reajuste salarial, entre outros itens da pauta dos trabalhadores já foram realizadas. 

“É desgastante, muitas vezes frustrante, mas resistimos em nome de centenas de profissionais que estão na luta para fazer valer nossos direitos. Para isso pedimos também o apoio da sociedade, que é quem sente os efeitos de tudo isso na hora do atendimento e precisa reagir, ajudar na valorização desse trabalhador tão importante, sem enfermagem não há saúde. Não desistiremos nunca. Aqui vale a máxima, enquanto houver luta, há esperança”, completou Mário Jorge.