Sateal participa de seminário sobre atuação sindical promovido pela Nova Central

Sateal participa de seminário sobre atuação sindical promovido pela Nova Central


Publicado em: 24/07/2015 19:54 | Autor: 337

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Entidades sindicais ligadas à Nova Central (NCST) estiveram presentes ao Seminário realizado em Alagoas nos dias 23 e 24 de julho. Temas como a terceirização, jornada de trabalho na saúde e o papel do sindicalismo no Brasil e a relação entre os poderes foram abordados no encontro.

O seminário teve a participação de membros da diretoria do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem no Estado de Alagoas (Sateal), da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria da Construção e do Imobiliário (CONTRICOM), da Federação Nacional dos Trabalhadores na Indústria da Construção e do Imobiliário (Feticom) Norte e Nordeste e do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário (SINDITICMAL).

Nos dois dias de evento, os presentes debateram sobre o papel do sindicalismo no Brasil, segurança e saúde do trabalhador e aposentadoria. O presidente do Sateal, Mário Jorge Filho, parabenizou a iniciativa da Nova Central e destacou a importância de se debater temas ligados a atuação sindical e também referentes ao trabalhador.

Em entrevista ao Sateal, o representante do Diap, André Luiz dos Santos, falou das discussões sobre a Terceirização no âmbito do Congresso e das dificuldades encontradas pelas entidades de classe em dar prosseguimento com projetos que visam regulamentar o piso dos auxiliares e técnicos de enfermagem e a jornada de trabalho da categoria.

“O piso dos auxiliares e técnicos de enfermagem é uma questão complicada. Não depende só da presidente e da bancada de apoio. Necessitam do engajamento de prefeitos, governadores. Já o Projeto que visa regulamentar em 30 horas a jornada de trabalho da enfermagem está meio apagado. Existe certa resistência do governo em apoiar essa iniciativa”, lamentou.

O presidente da Nova Central, José Calixto Ramos chamou a atenção para a situação crítica vivida pelo país, que vem em uma escalada de demissões em vários setores. Ele também voltou a destacar a necessidade de se debater o Projeto que visa regulamentar a terceirização.

“Nos últimos seis meses tivemos mais de 300 mil trabalhadores dispensados dos seus empregos. A crise que não é privilégio do nosso país e se agravou não só pela situação do mundo todo, mas pela crise política que nós vivemos”, afirmou.

“Nós sempre combatemos a terceirização de um modo geral e não iremos defender este processo na atividade-fim. Há um dilema entre o setor patronal e os trabalhadores que precisa ser resolvido”.

Atuação sindical e novo modelo

A assessora sindical da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS) criticou a forma como os Poderes vêm tratando a atuação e sindical defendeu que haja uma mudança na maneira como o Estado tenta dialogar com as entidades sindicais e os trabalhadores. Ela também defendeu um novo modelo sindical que se paute em leis e também puna práticas anti sindicais.

“O que vemos é que numa forma direta ou velada, que essa interferência acontece no nível do Executivo em burocratizar as ações sindicais, no nível do Judiciário de impedir a greve com seus interditos proibitórios e o próprio Ministério Público que vem fiscalizando de forma equivocada as fontes de custeio que dariam sustento a uma atuação eficaz. O novo modelo de sindicalismo no Brasil passa por um processo que tem que vir da base para o topo. Tem que haver um processo de educação do profissional”, defendeu.


Ascom Sateal