A rede particular e pública de saúde em Alagoas vivem realidades iguais quando o assunto é recursos e investimentos do governo estadual e federal. As medidas tomadas até o momento das duas gestões pouco favoreceram os trabalhadores e se mostram perigosas, financeiramente falando, para as instituições de saúde.
Não só em Alagoas, mas outros estados brasileiros compartilham de um mesmo cenário na saúde: atrasos salariais, paralisações, falta de condições de trabalho, jornadas abusivas e de quebra serviços precários à população.
A política adotada pelo governo federal vem se mostrando pouco efetiva e desastrosa para a população, que é obrigada a conviver com a elevação de preço de produtos, impostos e bens de consumo. Os trabalhadores da saúde também enfrentam momentos ruins, com atrasos salariais e de benefícios, além de precariedade em outros setores.
No âmbito estadual, o governador Renan Filho ainda não mostrou ações de fato positivas para a saúde. A equipe de governo anunciou cortes e arrocho para conter os gastos com a máquina pública, o que implica em poucos investimentos no setor.
Uma das medidas adotadas pelo governo estadual a fim de estabelecer uma mesa para ‘negociar’ questões relativas aos trabalhadores é vista com preocupação pelo presidente do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem do Estado de Alagoas (Sateal). Mário Jorge Filho afirma que a medida pode macular a negociação de questões pertinentes a cada classe trabalhadora.
“O governo do Estado coloca em prática uma medida que pode beneficiar apenas algumas categorias, mas o Sateal vê com preocupação, já que nem todas as categorias de servidores possuem as mesmas demandas. Nossas reivindicações e prioridades vão ser diferentes da área da Educação, da Polícia, da mesma forma como essas categorias possuem suas prioridades. Vamos analisar de que forma isso será benéfico para nossa classe”, comentou Mário Jorge.
Mário Jorge cobra ainda um alinhamento maior entre a bancada federal alagoana e o Executivo estadual para que nesta ponte haja a aquisição de recursos para a saúde.
“Quando estive com o deputado Marx Beltrão relatei da dificuldade de se buscar recursos junto ao governo estadual e federal e acredito ser fundamental essa integração. Nossa categoria vem sofrendo sérios problemas e precisa muito da atenção dos governos. Não podemos admitir que os trabalhadores não recebam seus salários, trabalhem em condições impróprias de trabalho e a população obrigada a se espremer pelos corredores das unidades hospitalares”, completou.
Ascom Sateal
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