Uma reação em cadeia vem causando efeitos desastrosos na área da saúde nos últimos meses. O motivo é que o governo federal vem descumprindo os compromissos feitos em campanha de oferecer à população melhores serviços de saúde. Tal atitude atingiu em cheio a saúde básica, a população e os trabalhadores que são obrigados a conviver com atrasos nos salários e benefícios.
Exemplos disso são o Hospital e Maternidade Santa Rita de Cássia, em Maceió e o Hospital Regional Clodolfo Rodrigues, de Santana do Ipanema. A maternidade Santa Rita é o caso mais grave, pois está devendo seis meses de salários e outros benefícios aos seus funcionários. A direção da unidade havia se comprometido em realizar os pagamentos assim que o Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafem) fosse aberto e os recursos repassados. O problema, segundo alerta Mário Jorge Filho, presidente do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem do Estado de Alagoas (Sateal), é que o atraso nos repasses do governo federal complica Estados e Municípios e consequentemente atinge a rede prestadora de serviços.
No caso do Hospital Clodolfo Rodrigues, a situação é parecida, os salários estão atrasados e sem previsão de pagamento.
“É lamentável que a população, principalmente os trabalhadores, não entendam o efeito dominó desses repasses. Por não entender, infelizmente acabam pagando um preço que não cabe a eles, o que resulta em alguns casos na perda da moradia por falta de condições de pagamento, contas pendentes entre outros problemas”, aponta Mário Jorge.
As atitudes praticadas pelo Governo Federal violam o que diz a Constituição Federal, que prevê que saúde, educação, segurança pública e lazer são deveres do Estado, lembra Mário Jorge.
“O Sateal pergunta: Qual o motivo de segurar o dinheiro que é destinado principalmente à saúde e dessa forma forçar a redução de programas como o Programa de Saúde da Família (PSF) e Hanseníase? É preciso que o Governo Federal pare de enganar os governos Estaduais e Municipais e deixe de prejudicar a população. É preciso que se respeite e faça cumprir a Constituição. Sabemos que quem assume o poder quer tirar proveito do que gastou para se eleger e quem saiu nunca quer sair de mãos limpas”, questiona.
Ascom Sateal
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