O presidente do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem do Estado de Alagoas (Sateal) esteve reunido nesta semana com a direção do Hospital e Maternidade Santa Rita de Cássia, localizada no bairro do Poço em Maceió, para tentar encontrar uma solução para o atraso de seis meses nos salários dos trabalhadores.
Durante a reunião, a direção da unidade disse ao presidente do Sateal, Mário Jorge Filho, que o atraso ocorre devido ao repasse que a prefeitura de Maceió e o Governo do Estado não estão realizando. Eles alegam que a situação se agravou desde que o Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafem) foi paralisado por conta do recesso de fim de ano.
O único repasse que a clínica vem realizando aos funcionários é o valor dos vales transporte. “O Sateal pergunta: como pode o trabalhador que só possui este emprego passar seis meses sem salários, sem FGTS, sem INSS e ter que atender o cliente bem humorado como se nada tivesse acontecido”, questiona Mário Jorge.
O mais curioso de tudo é que o Sindicato apurou que de novembro a dezembro a clínica possui R$ 370 mil para ser debitado em sua conta. “Esse valor daria muito bem para pagar duas folhas e meia. Não aceitamos a ideia de que Estado e Município tenha deixado de pagar, até porque a empresa produziu e com certeza emitiu o faturamento par que fosse efetuado o pagamento”, completa.
Mário ainda repudia a possibilidade de fechamento da unidade. No prédio onde funciona a clínica Santa Rita outras duas casas de saúde já funcionaram e acabaram fechando. “Iremos investigar se há relação dessa clínica com a última que funcionou no local, o Alerta Médico”, disse.
Os funcionários também protestam e pedem para que a empresa pague os atrasados. “Não queremos o que é deles. Só queremos o nosso salário, pois é dele que precisamos”, disse uma funcionária que pediu para não ter o nome divulgado.
Ascom Sateal