Trabalhadores da Santa Casa de Misericórdia de Maceió pararam suas atividades no dia 12 de janeiro em protesto ao não cumprimento das propostas feitas pela provedoria. As propostas foram feitas, em sua maioria, durante uma festa de natal, onde a direção prometeu conceder o melhor salário pago aos profissionais da saúde do Estado.
Entre as propostas apresentadas e que até o momento não saíram do papel estão o cumprimento da implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCs), o fim da jornada de oito horas diárias de trabalho, a reimplantação da produtividade e a relocação de uma funcionária que teve limitação dos movimentos de uma perna após ter um acidente de trabalho. Ela chegou a ser obrigada a trabalhar na emergência 24 horas.
Revoltados com o descaso com a classe trabalhadora, os funcionários se reuniram para protestar na porta da unidade. O Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem do Estado de Alagoas (Sateal) esteve presente ao ato.
Coincidentemente no mesmo horário da manifestação, a direção estava reunida discutindo um racha gerado na cúpula após denúncias de supostas irregularidades cometidas pelo provedor, Humberto Gomes de Melo.
“O provedor do hospital se mostrou intransigente ao dizer que estava se preparando para uma reunião para não receber o Sateal. Essa atitude deixou os trabalhadores indignados bem como alguns médicos. O movimento foi pacífico, tanto que tal fato foi constatado pela Polícia Militar que esteve no local acionada pela direção da Santa Casa”, comentou Mário Jorge Filho.
Em novembro o Sateal esteve reunido com a cúpula da unidade, que ouviu as demandas sindicais e se propôs a discutir através de seu departamento jurídico.
O líder do Sateal também comentou sobre as denúncias que atingem a unidade hospitalar feitas por um dos membros da irmandade, o advogado Adriano Soares. Ele questionou o motivo pelo qual a diretoria do hospital não mostra preocupação em promover melhorias aos seus funcionários.
“Não é aceitável trabalhar em uma empresa que se diz a quarta melhor do Brasil e que financeiramente é referência nacional, mas em contrapartida paga aos seus funcionários um salário vergonhoso, de miséria e desvalorização”, finalizou.
Ascom Sateal