A manhã do dia 22 de setembro irá ficar marcada para sempre na memória da enfermeira Érica Maria da Cunha Omena. Após concluir uma jornada de trabalho de 72 horas em um hospital de Maceió, ela trafegava por um trecho da Avenida Assis Chateaubriand, no Sobral, quando perdeu o controle da direção do veículo e colidiu com um poste. Passados dois meses do acidente, a profissional de saúde convive agora com as limitações de seu corpo em decorrência da gravidade do acidente.
Desde o acidente, o presidente do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem do Estado de Alagoas (Sateal), Mário Jorge Filho, vem buscando formas de auxiliar a família da profissional. De início ele foi procurado por familiares da enfermeira, que buscavam orientações de como proceder no caso.
Após ficar internada semanas, Érica recebeu alta e dos médicos o diagnóstico de que ficaria sem os movimentos de parte do corpo. Como se não bastasse a mudança de hábitos a qual a enfermeira e sua família estavam sendo obrigados a lidar, o governo do Estado de Sergipe, um dos empregadores de Érica, vem se negando a prestar auxílio.
O representante do Sateal voltou a reforçar a necessidade de se realizar uma jornada de trabalho mais leve, que não comprometa a saúde e o bem estar do profissional.
“Lamentamos que os profissionais da enfermagem sejam obrigados a se submeter a esse tipo de escala escravagista por conta de má remuneração. São estes profissionais que mantém o bom funcionamento das unidades de saúde e por isso merecem condições de trabalho dignas”, ressaltou.
Mário cobrou continua na investida para que o poder público se posicione sobre o caso a fim de que sejam tomadas providências. Ele lembrou que situações como esta não podem se tornar uma rotina na vida dos profissionais da saúde.
Ascom Sateal