O presidente do Sateal, Mário Jorge Filho, encaminhou ofício ao Conselho Regional de Enfermagem (Coren) cobrando parecer acerca de denúncias de irregularidades cometidas em diversas unidades de saúde de Alagoas. Entre as anormalidades flagradas pelo Sindicato durante as inspeções realizadas em hospitais, constam denúncias graves como a de pessoas atuando sem registro profissional e exercendo atividades de instrumentador cirúrgico e técnico de enfermagem.
Entre os pedidos de emissão de parecer enviado pelo Sindicato, o pedido de embasamento sobre a atuação do instrumentador cirúrgico, conforme a resolução N°418 do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), que entre vários itens coloca este tipo de atuação como especialização do profissional técnico em enfermagem.
“A consulta é necessária devido a situações vivenciadas em unidades de Saúde, a exemplo do Hospital Clodolfo Rodrigues, em Santana do Ipanema, que, para não pagar o retroativo salarial dos instrumentadores cirúrgicos da unidade, alega que qualquer pessoa pode exercer a atividade, ou seja, sequer precisaria de uma formação para lidar com procedimento tão delicado”, observou Mário Jorge.
Segundo o presidente, a preocupação é com a preservação da garantia de espaço para os técnicos, além do bom atendimento ao paciente. “Não sei até onde vai à capacidade de quem faz a leitura da resolução do Cofen, que, no nosso entendimento, define bem o papel desses profissionais. Mais uma vez a direção do Hospital Clodolfo Rodrigues demonstra que a importância está no lucro em detrimento da exploração da mão de obra qualificada, com o chicote na mão, literalmente. Os trabalhadores vivem humilhados e amedrontados, pois seus direitos estão sendo sonegados”, acrescentou.
O Sateal incluiu na programação uma reunião com os trabalhadores do Colodolfo Rodrigues para esclarecer detalhes sobre a ação Judicial que será movida pelo Sindicato. “Como se não bastasse todo o drama vivido pelos funcionários, a direção infiltrou pessoas com a finalidade de desmobilizar e intimidar os novos funcionários. Isso não nos amedronta de maneira alguma, até porque pelegos são apenas funcionários, e amanhã poderão ser dispensados do mesmo jeito que os demais. Estamos monitorando essas pessoas que agem de má fé”, alertou.
Ascom Sateal