Maior atenção quanto à qualidade dos cursos ofertados por instituições privadas de ensino médio e superior em saúde foi tema de discussão na última reunião da Comissão Intersetorial para Recursos Humanos da Saúde do Conselho Nacional de Saúde, realizada dia 23, em Brasília.
O pedido de maior rigor foi feito pelo diretor da CNTS e presidente do Sateal, Mário Jorge Filho, que chamou a atenção para a dificuldade dos novos profissionais ingressarem no mercado de trabalho, parte deles devido à falta de conhecimento sobre procedimentos previstos para serem aprendidos em sala de aula.
“Já que o governo federal investe na formação desses profissionais, deve ter o cuidado de regular e acompanhar a qualidade dos cursos, para que os recursos oriundos do Tesouro Nacional não sejam investidos a fundo perdido”, declarou.
O diretor alerta que muitas empresas formadoras, visando apenas o lucro, esquecem-se da qualidade na prestação do serviço a qual se habilitam. “Não é admissível que uma escola formadora de saúde venha a tratar a grade curricular, estágios e residências como meras visitas a unidades de saúde. Precisamos de mais escolas públicas, gratuitas e de qualidade, invés de demandar recursos para a iniciativa privada”, ponderou.
A cobrança foi reforçada pela presidente da Associação Brasileira de Enfermagem e presidente da Comissão Intersetorial do CNS, Ivone Cabral. A comissão é responsável pela avaliação para habilitação de escolas de saúde em todo o país, por meio de emissão de parecer.
Fonte: Assessoria Sateal