A Procuradoria Regional do Trabalho, através da procuradora Adir de Abreu, convocou o Sateal para audiência na próxima quarta-feira (27), às 10h, na sede da PRT, que tem como pauta as denúncias de assédio moral praticados pela diretora do Hospital Geral do Estado (HGE) contra profissional da enfermagem.
O presidente da entidade, Mário Jorge Filho, ressalta a importância da participação dos trabalhadores da enfermagem na audiência. “Tanto profissionais que já passaram por esta situação, principalmente se foram cometidas pela diretora, além dos demais colegas, devem comparecer à audiência”, destacou.
Sobre o caso
O Sateal protocolou, em janeiro, na Procuradoria Regional do Trabalho, ofício em que pediu providência do órgão para acompanhar e intermediar o caso mais recente de assédio moral contra profissional de enfermagem registrado no Hospital Geral do Estado (HGE).
A Procuradoria já recebeu outras denúncias demandas pelo Sateal de situações semelhantes ao caso registrado e recomendou a Secretaria de Estado da Saúde a criação da Comissão Contra Assédio Moral no Ambiente de Trabalho para monitorar e coibir ocorrências dessa natureza.
“A procuradoria, durante as audiências relacionadas aos casos de assédio moral envolvendo unidades do estado determinou a criação da referida Comissão, que não tem surtido qualquer efeito na prática”, destacou Mário Jorge Filho.
O Sindicato elaborou uma nota de repúdio e solidariedade a profissional e ressaltou a importância de denunciar os casos de assédio e agressões verbais aos órgãos competentes.
O relato
A enfermeira estava trabalhando na área verde do Hospital Geral do Estado de Alagoas, quando a diretora geral Marta Celeste de Oliveira Mesquita ordenou a que a vítima fizesse a retirada das macas do corredor da área. Ao afirmar que estava aguardando o profissional responsável para solucionar a situação, a diretora alterou o tom de voz e expulsou a vítima do local na frente de funcionários, pacientes e acompanhantes.
“Ela disse que eu não trabalhava mais no HGE e que iria me devolver para a Secretaria de Estado da Saúde, me humilhou na frente de todos”, relatou. Após o acontecido, a enfermeira encaminhou um documento com o relato assinado por ela e outros profissionais como testemunha para a coordenação da enfermagem.