Na abertura da assembleia geral dos trabalhadores da enfermagem, realizada nesta terça-feira (13), no auditório da Sociedade de Medicina, o presidente do Sateal ressaltou que resistência será a palavra de ordem para enfermagem em 2019. O fim do Ministério do Trabalho como autarquia para regular e fiscalizar as relações de trabalho representa um grande risco no aumento dos casos de precarização do trabalho.
Durante a assembleia, trabalhadores denunciaram o não pagamento de insalubridade, as dobras súbitas sem o direito ao descanso, o excesso de pacientes por trabalhador, o não fornecimento de fardamento e a exposição a ambientes insalubres sem equipamentos adequados, entre outros problemas.
O fim do Ministério do Trabalho trará uma sequela irrecuperável para as categorias profissionais, e a enfermagem também estará acumulando sérios prejuízos. É papel dos sindicatos receber as denúncias de falta de estrutura e condições de trabalho e demandar para os órgãos competentes, para que estes sim, façam o trabalho investigativo e punitivo. Mas, com o fim do Ministério, não teremos mais os profissionais que visitem as unidades e verifiquem a situação dos trabalhadores. O cenário tende a piorar e o número de casos aumentar”, destacou Mário Jorge Filho.
Ao constatar casos de claro desrespeito as condições de trabalho e do trabalhador, o Sindicato tem o dever de denunciar aos órgãos competentes. “Temos o poder de denunciar, de pedir, mas não temos como exigir. Se antes, com a presença dos órgãos de fiscalização, os casos continuavam crescendo, agora estamos nos preparando para ver um aumento nesses casos”, revela Mário, que já vem discutindo ações de prevenção junto a Procuradoria Regional do Trabalho em Alagoas.
Além de ações preventivas, o Sindicato pede a mobilização dos profissionais nos atos púbicos em defesa do Ministério do Trabalho e da Previdência Social.