Cerca de cinco mil trabalhadores de diversos segmentos profissionais fizeram caminhada pelo Centro de Maceió na manhã desta sexta-feira (10) contra a reforma trabalhista, em defesa dos serviços públicos e contra a privatização das empresas e universidades, propostas pelo governo federal. A atividade faz parte do Dia Nacional de Lutas, e concentrou os manifestantes na Praça Sinimbu, que saíram em caminhada pelas ruas do comércio com destino ao Palácio República dos Palmares.
Na porta do palácio, sede do Governo de Alagoas, trabalhadores cobraram a resolução de pautas pendentes com o Executivo, como a que trata de demandas dos servidores públicos estaduais e dos movimentos da agricultura familiar. De lá manifestantes seguiram para o Tribunal de Justiça e culminaram as atividades no Calçadão do Comércio.
A mobilização chama atenção para a vigência da reforma trabalhista, que inicia no sábado (11), e da Previdência, cuja tramitação está no Congresso Nacional. "A partir de agora o trabalhador, que já é massacrado pela jornada exaustiva e as condições precárias de trabalho, vai passar a ser escravo do patrão. A lei permite, entre várias arbitrariedades, a terceirização dos serviços, ação extremamente danosa aos profissionais, principalmente os do setor saúde”, alertou o presidente do Sateal, Mário Jorge Filho.
O ato também teve por objetivo chamar a responsabilidade para os políticos alagoanos que votam no Congresso, além da própria sociedade civil. “Nossos parlamentares também são responsáveis pelo pacote de problemas que vamos ter que enfrentar a partir de agora, com a vigência da reforma. É preciso que o povo alagoano acorde e veja por quem está sendo representado”, completou Mário.
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