Aconteceu nesta terça-feira (17), a reunião entre os profissionais de enfermagem do Ambulatório Noélia Lessa e representantes da Gerência Executiva de Valorização de Pessoas da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), para tratar sobre as denúncias de assédio moral envolvendo a coordenadora de enfermagem da unidade. A reunião contou com a presença do presidente do Sindicato, que na oportunidade cobrou celeridade na apuração do caso. Segundo a Secretaria, será instaurada uma sindicância para apurar o caso.
A reunião contou com a cobertura da imprensa, que publicou material detalhado sobre o caso, confira a matéria abaixo.
Servidores de ambulatório denunciam assédio moral à Secretaria de Saúde
Representantes da pasta se reuniram nesta manhã com profissionais da unidade de saúde
Por Eduardo Almeida e Regina Carvalho - Gazetaweb e Jornal Gazeta de Alagoas
Quase dois meses após o surgimento das primeiras denúncias, representantes da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) se reúnem nesta terça-feira (17) com servidores do Ambulatório Noélia Lessa, localizado no bairro da Levada, para discutir supostos casos de assédio moral praticados contra auxiliares e técnicos de enfermagem.
Os trabalhadores afirmam que são vítimas de humilhações públicas e de perseguições por parte da coordenação do setor, o que estaria afetando a saúde dos profissionais. Um abaixo-assinado, com a adesão de 26 servidores, foi entregue à Sesau no mês de agosto pedindo mudanças na coordenação, mas, segundo eles, não houve resposta.
"Quando os servidores procuraram o sindicato, se queixando de humilhações na Unidade Noélia Lessa, nós entramos em contato com a Secretaria de Saúde. Inclusive, formalizamos o pedido de saída da coordenadora de enfermagem. Vamos aguardar o resultado da reunião para ver que medidas serão adotadas", explicou Mário Jorge Filho, presidente do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem (Sateal).
Além da substituição imediata, os profissionais pedem que a Sesau adote providências para que situações como as relatados não se repitam. "As humilhações, segundo os profissionais, aconteciam há bastante tempo. Eles relatam casos de humilhações, mudanças súbitas de escala, comunicados que chegam através de terceiros", relata.
Um dos profissionais que relata perseguição é o técnico de enfermagem Sebastião Costa. Ele conta que já havia sido perseguido pela coordenadora do setor em outra unidade de saúde e que reencontrou a profissional no Ambulatório Noélia Lessa. Atualmente, ele foi colocado à disposição da Secretaria de Estado da Saúde.
"Trabalhei com ela em Rio Largo, onde fui perseguido. Depois, encontrei novamente com ela aqui no Noélia Lessa. No dia15 de agosto, houve uma mudança na sala de vacinas e ela queria me colocar no setor. Como não houve treinamento, eu não fui. Expliquei que não estava apto. Ela aceitou, fiz uma ocorrência e, logo em seguida, ela me devolveu para a Secretaria de Saúde no dia 24 de agosto. Estou querendo trabalhar e ainda não resolveram para onde eu vou", pondera.
A profissional não estava na unidade de saúde e a reportagem não conseguiu contato com ela. Por meio de nota, a Sesau disse que, após o recebimento da denúncia, será instaurada uma sindicância para apurar o caso. Confira na íntegra:
NOTA DE ESCLARECIMENTO
Após ser acionado pelo Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem de Alagoas (Sateal), denunciando a prática de assédio moral por parte da coordenadora de enfermagem do Ambulatório Noélia Lessa, a Gerência Executiva de Valorização de Pessoas da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) irá instaurar uma sindicância para apurar o caso. Para isso, será nomeada uma comissão, por meio de portaria publicada no Diário Oficial do Estado (DOE), cujos integrantes terão 30 dias para executar a instrução processual, ouvindo a servidora denunciada e os denunciantes, respeitando o princípio da legalidade e da ampla defesa.
Acesse ao material no link: http://gazetaweb.globo.com/portal/noticia/2017/10/servidores-de-ambulatorio-denunciam-assedio-moral-a-secretaria-de-saude_42385.php
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