A noite desta terça-feira (12) entrará para a história política do país de forma tenebrosa, após o senado aprovar o texto base da reforma trabalhista. O feito será lembrado por gerações por atacar os trabalhadores e avançar sobre a retirada de direitos que foram conquistados a duras penas.
Foram 50 votos favoráveis, 26 contrários e uma abstenção. A sessão foi recheada de polêmicas e protestos, mas que não foram suficientes para que a maioria dos senadores dessem esse duro golpe na classe trabalhadora e na democracia do país. O texto aprovado segue agora para sanção de Michel Temer.
Desde o anúncio da aprovação do Projeto no Senado, várias entidades e centrais sindicais reagiram de forma contrária a proposta. A Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS), por exemplo, defendeu que contra o mais duro golpe contra a democracia brasileira é necessário que haja união para resistir e lutar contra retrocessos.
O presidente do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem no Estado de Alagoas, Mário Jorge Filho, também fez duras críticas a aprovação da Reforma Trabalhista no Senado e conclamou a mobilização dos trabalhadores da saúde para lutar contra a reforma e outras medidas decorrentes das propostas do governo de Michel Temer.
“A classe trabalhadora infelizmente não tem o que comemorar com essas reformas que o governo vem promovendo, como autorizar a terceirização em todas as atividades e agora a Reforma Trabalhista. O próximo passo do governo ilegítimo de Temer é aprovar a Reforma da Previdência e retirar de uma vez todos os direitos da classe trabalhadora”, criticou.
Para o líder do Sateal, é fundamental que as mobilizações e outras atividades de protesto contra as medidas que ameaçam a classe trabalhista devem ser mantidos. Ele alerta que os trabalhadores da saúde poderão ser muito prejudicados com várias dessas medidas.
“No setor saúde não cabe haver trabalho intermitente. A assistência à saúde é contínua e muti profissional. Nós trabalhadores da saúde não podemos permitir que apenas os desejos dos patrões sejam atendidos. Temos jornadas extensas e sobrecarregadas. Precisamos estar unidos e lutar contra a possibilidade de ter que negociar com os patrões nossos direitos. A luta continua temos que nos unir e desistir”, disparou.
Ascom Sateal