Trabalhadores da saúde precisam estar unidos para lutar contra retrocessos trabalhistas, diz líder do Sateal

Trabalhadores da saúde precisam estar unidos para lutar contra retrocessos trabalhistas, diz líder do Sateal


Publicado em: 13/07/2017 00:12 | Autor: 337

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A noite desta terça-feira (12) entrará para a história política do país de forma tenebrosa, após o senado aprovar o texto base da reforma trabalhista. O feito será lembrado por gerações por atacar os trabalhadores e avançar sobre a retirada de direitos que foram conquistados a duras penas.

Foram 50 votos favoráveis, 26 contrários e uma abstenção. A sessão foi recheada de polêmicas e protestos, mas que não foram suficientes para que a maioria dos senadores dessem esse duro golpe na classe trabalhadora e na democracia do país. O texto aprovado segue agora para sanção de Michel Temer.

Desde o anúncio da aprovação do Projeto no Senado, várias entidades e centrais sindicais reagiram de forma contrária a proposta. A Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS), por exemplo, defendeu que contra o mais duro golpe contra a democracia brasileira é necessário que haja união para resistir e lutar contra retrocessos.

O presidente do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem no Estado de Alagoas, Mário Jorge Filho, também fez duras críticas a aprovação da Reforma Trabalhista no Senado e conclamou a mobilização dos trabalhadores da saúde para lutar contra a reforma e outras medidas decorrentes das propostas do governo de Michel Temer.

“A classe trabalhadora infelizmente não tem o que comemorar com essas reformas que o governo vem promovendo, como autorizar a terceirização em todas as atividades e agora a Reforma Trabalhista. O próximo passo do governo ilegítimo de Temer é aprovar a Reforma da Previdência e retirar de uma vez todos os direitos da classe trabalhadora”, criticou.

Para o líder do Sateal, é fundamental que as mobilizações e outras atividades de protesto contra as medidas que ameaçam a classe trabalhista devem ser mantidos. Ele alerta que os trabalhadores da saúde poderão ser muito prejudicados com várias dessas medidas.

“No setor saúde não cabe haver trabalho intermitente. A assistência à saúde é contínua e muti profissional. Nós trabalhadores da saúde não podemos permitir que apenas os desejos dos patrões sejam atendidos. Temos jornadas extensas e sobrecarregadas. Precisamos estar unidos e lutar contra a possibilidade de ter que negociar com os patrões nossos direitos. A luta continua temos que nos unir e desistir”, disparou.

Ascom Sateal